Santa Catarina está diante de uma oportunidade na prolongada luta contra a Covid-19. Após o horror de fevereiro, março e parte de abril, os números de casos, internações e óbitos vêm diminuindo em praticamente todas as regiões. Com a pressão sobre o sistema de saúde gradativamente menor e a vacinação avançando, o Estado pode encurtar a pandemia e impedir uma quarta onda de contágio. Isso dependerá do que população e autoridades fizerem agora.
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Por duas vezes os catarinenses já sentiram o mesmo alívio. Em ambas as situações, no último trimestre de 2020 e no início deste ano, a sensação de que o pior havia passado ajudou a acelerar a onda seguinte. É o que não pode acontecer agora.
Diferente dos recuos anteriores, a melhora nos números vem acompanhada do avanço, ainda que lento, da imunização. Maio começará com a maioria dos idosos de 60 anos ou mais já vacinados. Um passo importantíssimo. Na sequência, virão os portadores de comorbidades e outros grupos suscetíveis a desenvolver o quadro grave da doença.
Relaxar nos cuidados agora resultará num segundo semestre em que continuaremos falando sobre UTIs, enfermarias, auxílio emergencial e prejuízos econômicos. Cidadãos e empresários têm enorme responsabilidade, sim. Mas são os gestores públicos que podem e devem fazer a maior diferença neste que talvez seja o momento mais importante do ano. É preciso testar como nunca, impedir que doentes contaminem outras pessoas e ser rigoroso na fiscalização de medidas preventivas.
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Daqui para frente, a luta dos catarinenses contra o coronavírus ficará ainda mais direta. Cada vacinado é um golpe a nosso favor. Cada infectado representa, para ele, oportunidade de sobrevivência. Só teremos quarta onda se permitirmos que isso aconteça. Ela é evitável.
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