Tem um clima literal de fim de feira em Blumenau. A bonita história da Feirinha da Servidão, evento que incentivou o blumenauense a reencontrar o lazer ao ar livre, chegou a uma encruzilhada. Problemas de comunicação entre organizadores e município impediram a realização do evento em agosto, na praça da prefeitura. E parece não haver disposição para voltar a promover a feira, ao menos não naquele local.
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O organizador, Diego Lottin, diz que perdeu o interesse no espaço público diante do que considera falta de apoio do município. Por enquanto, não há outro endereço ou data em vista. Ele destaca a estimativa de que a feirinha tenha movimentado R$ 1 milhão em 2019, antes da pandemia de Covid-19.
— Se isso não é forte o suficiente pra garantir um espaço que é público, e a gente paga taxa de alvará para usar, não vale a pena fazer qualquer tipo de briga para conquistar aquele espaço de novo — lamentou.
A Secretaria de Administração informou que o local “encontra-se em obras para melhoria da estrutura, ficando temporariamente interditado para a realização de eventos”. Questionada se há a intenção de voltar a receber eventos na praça, a pasta disse que ainda não definiu.
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Nascida na Curt Hering em dezembro de 2013, a Feirinha mudou para a prefeitura em 2019, com o estímulo da administração municipal. Parou devido à pandemia e, nos últimos meses, a prefeitura tem apoiado um novo brique, agora na Rua XV de Novembro aos domingos.
Comentário
Blumenau ficou décadas sem uma feira de rua regular. A Feirinha da Servidão foi um movimento espontâneo, que nasceu sem a participação do poder público, mas ajudou a transformar o Centro. Não dar continuidade ao que funcionou tão bem, independentemente do local ou de eventuais discordâncias, é um retrocesso.
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