O sentimento é de raiva! Sim, assistir à violência a que foi submetido Vini Jr. no último domingo, na rodada de La Liga, na Espanha, sem poder fazer nada, provoca um sentimento de revolta e raiva.
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E foi uma temporada inteira assim. Quem acompanhou, sabe. Jogo a jogo. Os gritos de “macaco”, os insultos dos racistas ganharam força durante o campeonato espanhol. Ganharam tanta força que um estádio inteiro se sentiu à vontade para gritar “macaco” para ele neste Valencia x Real Madrid. No mínimo, lamentável. Mas na verdade é nojento.
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Com que direito? Com que autoridade? A Europa reproduz casos de racismo no futebol recorrentemente. Ou ninguém lembra do atacante brasileiro Taison discutindo com o torcida ucraniana após manifestações racista? Ou ninguém lembra de Daniel Alves comendo uma banana que foi atirada no gramado para ele numa partida do Barcelona?
Os casos são frequentes e ganham vistas grossas. E cada vez mais vão ficando piores. Vini Jr. Sofreu racismo a temporada inteira. Em campo e fora dele. Na arquibancada ou na rua, antes dos jogos.
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Charge do Zé Dassilva: Vini contra o racismo
E a La Liga, de Javier Tebas, faz de conta que luta contra isso. Na realidade, endossa! Porque não pune duramente. A mesma La Liga que hoje é o que é porque teve negros que desfilaram seu futebol maravilhoso pelos gramados. Brasileiros como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Roberto Carlos…
Racismo em campo: relembre episódios vividos por Vini Jr em Campeonato Espanhol
Vini Jr é um brasileiro vencedor. Um preto de 22 anos que saiu das favelas do Rio de Janeiro para vencer. Vencer as barreiras impostas pela própria origem pobre e negra, vencer com seu talento acima da média no futebol mundial. Tem que ser aplaudido! E é forte e está pronto para esta batalha. Como é forte!
O racismo não pode ter mais lugar. É preciso dureza. Intransigência! Enquanto os jogadores, os clubes, as Ligas, as Federações, e Fifa e o próprio futebol não forem intransigentes, vão endossar esse comportamento nojento nas arquibancadas e nos estádios.
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