Em termos de futebol e construção de jogo, Avaí e Figueirense ficaram devendo no clássico da Ressacada, que teve vitória do Leão.

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O Avaí foi mais contundente e finalizou mais. Mereceu a vitória, apesar de ter abdicado de trabalhar a bola, de tomar a iniciativa e de ser agressivo. O time teve a marca do técnico Geninho, usando bolas longas o tempo inteiro e jogadas de contra-ataque.

O Figueirense, de certa forma, caiu na armadilha. Depois de perceber no primeiro tempo que o Avaí iria esperar, arriscou na segunda etapa e foi pra cima. Com mais posse de bola desde o início, faltava ao Figueirense criatividade e contundência no ataque. O time do técnico Elano finalizou somente sete vezes, menos da metade do Avaí, que teve 16 arremates.

O Avaí acabou vencendo porque conseguiu ser eficiente na estratégia, atraindo o Figueirense e aproveitando os espaços para os contra-ataques, que foi como saiu o gol do uruguaio Gastón. Antes mesmo do gol que definiu a partida, já havia criado chances claras de marcar. Todas em contra-ataques.

O resultado do clássico dá confiança ao Avaí para a sequência da competição. Fortalece o grupo, ainda mais com a combinação das duas vitórias seguidas, sobre o Cruzeiro e o Figueirense. Mas é preciso cobrar do técnico Geninho que o time trabalhe mais a bola. Nem todos os jogos vão ser para contra-ataques. Muitos jogos vão cobrar do Avaí mais qualidade na armação da equipe para trabalhar a bola. O jogo de ligações diretas é muito pobre. O Avaí tem mais para apresentar do que essas tentativas de “lançamentos” dos zagueiros para o ataque.

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E com relação ao Figueirense, a pancada não é tão forte assim. Competiu, arriscou, buscou o jogo, e conseguiu trabalhar a bola até um pedaço do campo. Faltou o mais importante, que eram os passes para gol e as finalizações.

O lance da discórdia

Vi da mesma forma que o árbitro Rafael Traci. O lance é limpo na roubada de bola de Pedro Castro. O choque vem depois como uma consequência do lance entre o meia do Avaí e o lateral Sanchez, do Figueirense. Não houve o contrário. Pedro Castro não atingiu Sanchez para roubar a bola, como o torcedor do Figueirense reclama. Roubou a bola primeiro. Depois há o choque.

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