O Brusque que bateu e voltou na Série C 2023, com o acesso, foi o mesmo que bateu e voltou na Série B 2024, com o rebaixamento. É o mesmo time que vem frequentando as finais do Campeonato Catarinense há cinco edições do Estadual, com quatro finais e um título desde 2020.
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O futebol catarinense, que agora vê o rebaixamento do Brusque, tem a Chapecoense brigando contra a queda na Série B três anos seguidos; tem o Figueirense na Série C em cinco temporadas, já contando 2025; tem um Avaí, que chegou a estar ameaçado em 2023 com o fantasma da Série C; e tem quase nenhuma representatividade na elite, com o Criciúma como exceção atual, num cenário bem diferente de anos anteriores, em que normalmente havia mais presença catarinense na Série A – ou alguém esqueceu 2015, com Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville na Série A?
O que aconteceu de lá pra cá é simples: desorganização, perda de poder de investimento e perda de competitividade com os concorrentes diretos, que não são os gigantes do futebol nacional, mas sim os times do nordeste, centro-oeste, do Paraná e do interior paulista.
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Os clubes do estado se enfraqueceram por gestões ruins e até danosas, como os casos do Figueirense e da Chapecoense. Também o Avaí andou se complicando financeiramente e está com Recuperação Judicial em andamento. Aliás, dos cinco grandes do estado, quatro estão com RJ em processo: os mesmos quatro da Série A de 2015.
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Além de tudo isso, o futebol catarinense deixou de ser atrativo para investidores, que seguem desembarcando no futebol brasileiro, com as SAFs ou não. Chegaram grandes empresários, grandes empresas, fundos de investimentos, novos patrocinadores com recursos expressivos que estão entrando e o futebol catarinense segue ficando para trás. Não se faz mais futebol forte e competitivo nas Série A e B contando somente com dinheiro da televisão.
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O futebol catarinense, do quase sempre finalista Brusque, precisa se organizar e se fortalecer fazendo o dever de casa, inclusive com boa infraestrutura, para tentar voltar a crescer e até atrair dinheiro novo, seja de empresários, seja de patrocínios mais fortes, seja através de fundos ou parcerias. Ou corre o risco de ficar ainda mais fraco e ainda mais sem competitividade.