Ronaldo “Fenômeno” anunciou nesta quarta a desistência da candidatura ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol. A ideia não durou quatro meses. O astro do futebol mundial conheceu rapidamente como funciona a política e os bastidores do futebol brasileiro e encontrou portas fechadas nas Federações, que são, na realidade, quem decide quem vai comandar a CBF.
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O recado é muito mais grave que se possa perceber de imediato. Sim, porque num primeiro olhar qualquer um pode pensar que Ronaldo não foi persistente suficiente, ou que desistiu muito rápido porque não havia o real interesse de assumir a CBF e ajudar a reconstruir o futebol brasileiro.
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Mas é preciso perceber que ele sequer foi recebido. Ronaldo, o astro do futebol mundial, que em dezembro foi “garoto propaganda” da FIFA no lançamento do Troféu do novo Mundial de Clubes, que tem as portas abertas em qualquer lugar do futebol mundial, sejam clubes, Confederações dos países, seja em encontros com outros grandes nomes ou astros da história desse esporte, no Brasil encontrou portas fechadas e ZERO em termos de apoio.
Imagens: Ronaldo e as ações com a FIFA
Ninguém recebeu Ronaldo nem para que ele apresentasse suas ideias, suas propostas. O futebol brasileiro – ou pelo menos quem manda nele, incluindo CBF, Federações e até mesmo clubes – disse não a Ronaldo, um dos nomes mais fortes do futebol brasileiro em todo mundo. Mesmo que ele estivesse disposto a discutir, fazer política, mesmo que ele possa ter boas ideias… a resposta não foi nem um NÃO. A resposta foi um “chega pra lá”.
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Na realidade, Ronaldo foi tratado como ameaça ao status estabelecido. É óbvio que “os donos do futebol brasileiro” sabem o tamanho dele e a ameaça que ele pode ser representar ao status estabelecido atualmente. Então era preciso fazer uma ação forte e conjunta – como foi feito.
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O futebol brasileiro? Vai muito bem, obrigado. Os clubes não estão devendo, o calendário é uma maravilha em termos de organização, as Federações trabalham fortemente no desenvolvimento dos clubes, dão suporte aos atletas, a Seleção é exemplo com dois interinos em um ano e com a espera fracassada de Carlo Ancelotti, a Copa do Mundo não é vencida há 23 anos… tudo uma beleza. Não há necessidade de discussão, de novas ideias. O futebol brasileiro está firme e pode se dar ao luxo de “dispensar” a força de um Ronaldo “Fenômeno”. Afinal, temos o Ednaldo na CBF, temos os Ednaldos nas Federações, e temos os Ednaldos dos clubes!