Nove produtores de linguiça Blumenau do Médio Vale do Itajaí reiniciaram nesta semana o processo para conseguir o registro de Indicação Geográfica do produto. Esse registro é emitido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Uma vez emitido, só poderá ser considerada linguiça Blumenau a iguaria que for produzida em Blumenau, Gaspar, Indaial, Timbó e Pomerode.

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O trabalho para assegurar a Indicação Geográfica está sendo coordenado e parcialmente bancado pelo Sebrae. A entidade vai pagar metade dos R$ 170 mil necessários para todo o processo e espera ter o apoio das cinco prefeituras para bancar a outra metade. Além disso, caberá ao Sebrae organizar as reuniões dos produtores e encaminhar pesquisas e publicações necessárias para montar o dossiê que é encaminhado no pedido do registro.

Obter a Indicação Geográfica ajuda a proteger a tradicional iguaria. É cada vez mais comum relatos de empresas de outros estados que dizem estar produzindo e vendendo linguiça Blumenau. E nem sempre esses produtos têm as características do produto aqui produzido.

A original linguiça tem carnes nobres do porco, geralmente pernil e paleta, além do toucinho lombar. A defumação é outra marca registrada do produto. O processo é natural e deve durar dois dias. Essas características e ingredientes também serão protegidos pela Indicação Geográfica.

A expectativa dos produtores e do Sebrae é encaminhar o pedido de registro ao INPI até o fim do ano. A análise e a emissão da indicação costuma levar dois anos.

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União

Nesta quinta-feira (6) o Sebrae sediou a segunda reunião do grupo que agora iniciou oficialmente todo o processo. Um passo importante para obter a Indicação Geográfica é a formação de uma associação de produtores.

Na associação, quantos mais integrantes melhor. No total há mais de 20 produtores nessas cinco cidades. A ideia é convencer os demais sobre a necessidade de união e a importância do registro no INPI.