A semana que se inicia será decisiva para o futuro da Coteminas. Credores da empresa têxtil, que tem em Blumenau uma das suas principais fábricas, voltarão a analisar o plano de recuperação judicial da companhia em assembleia geral marcada para sexta-feira (5). A discussão já foi suspensa ou adiada em ocasiões anteriores, um sinal das dificuldades de alinhamento entre a proposta de reestruturação sugerida pelo grupo e o interesse das outras partes envolvidas no processo.

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No plano de recuperação, a Coteminas propõe uma reestruturação de um passivo na casa dos R$ 2 bilhões e a venda de bens, com formação de unidades produtivas isoladas. O documento cita uma possível alienação de imóveis em Montes Claros (MG), Itaúna (MG), Pará de Minas (MG), João Pessoa (PB) e Macaíba (RN).

Blumenau não é citada nenhuma vez ao longo das quase 140 páginas do plano de recuperação, um indício de que a unidade local deve ser preservada e ter papel importante no processo de reestruturação, caso ele seja aprovado. Nos bastidores, especula-se que a planta catarinense, neste caso, se consolidaria como principal centro produtivo da Coteminas.

Outra medida proposta pela Coteminas é distribuir aos credores parte dos valores levantados com a venda de ativos e unidades produtivas isoladas, a alienação da marca de varejo Mmartan e a criação de fundos de investimentos para o pagamento de dívidas. A companhia também fala em captar novos recursos para a retomada operacional e preservar investimentos essenciais para a manutenção das atividades.

Soberanos, os credores deverão dizer se aceitam ou não as condições propostas. Em caso de negativa, a Coteminas pode pavimentar o caminho para uma possível falência.

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