Em breve a economia de Blumenau terá um novo e importante aliado. Nascida em Jaraguá do Sul em setembro de 2017, a aceleradora de startups Spin já procura um local para abrir uma unidade na cidade. Se tudo der certo, a expectativa de Benyamin Fard, um dos idealizadores da proposta, é que a operação comece a funcionar no segundo semestre de 2018. Antes disso, o plano é consolidar uma filial em Joinville.
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A expansão para o Vale já estava nos planos antes mesmo da Spin ganhar forma. Manter unidades em Jaraguá do Sul, Joinville e Blumenau é algo estratégico, destaca Fard: a aceleradora aposta principalmente em startups que apresentem soluções para a indústria, no rastro das tecnologias da manufatura avançada que vão ganhando cada vez mais espaço no segmento. Juntas, essas três cidades formam um dos mais importantes e diversificados polos industriais do país.
A Spin chegará a Blumenau “para somar”, garante Fard. Demais agentes ligados ao ecossistema de inovação da cidade já foram contatados e estão animados com o reforço. Um dos focos da operação será abranger as vocações locais. Ou seja, a busca maior será por startups de alto potencial e com projetos inovadores que atendam demandas de setores industriais tradicionais, como o têxtil e o metalmecânico.
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Diminuir riscos
A essência da Spin é funcionar como um hub, ou seja, uma espécie de ponto de conexão entre startups e investidores. É algo parecido com a proposta do Investor Day – evento destacado pelo blog que acontecerá no dia 27 deste mês –, só que de forma permanente. De quebra, a atuação da aceleradora em Blumenau ajuda a combater um dos gargalos do setor de inovação: a falta de recursos para tirar boas ideias do papel.
— O recurso existe e sempre existiu. O que faltam são bons cases que façam investidores aceitarem os riscos — diz Fard, apontando que uma das missões da Spin é justamente clarear o cenário a potenciais investidores, dando a eles mais segurança antes da decisão de despejar dinheiro em novos projetos.
Segunda rodada
A Spin já concluiu a primeira rodada de aceleração, que selecionou seis startups, a maioria da região Norte do Estado. Agora a empresa está iniciando um novo processo. Os ciclos são curtos, de três meses. Os aportes nos projetos de maior potencial, geralmente condicionados à aquisição de uma parte acionária do negócio, podem chegar a R$ 300 mil.
Aliás
As startups parecem ser mesmo o melhor caminho para garantir a inovação em setores mais tradicionais da indústria. Essas pequenas empresas são mais ágeis e menos burocráticas na hora de criar soluções inovadoras.
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