Ao anunciar, neste sábado (11), a liberação do comércio de rua e de hotéis, pousadas, hospedagens em geral e bares e restaurantes (nestes casos com retirada de comida apenas no balcão) a partir da próxima segunda-feira (13), o governo do Estado dá um voto de confiança ao catarinense. Com o número de casos confirmados e mortes pelo novo coronavírus em trajetória ascendente, a flexibilização de novas atividades testará o nível de consciência das pessoas.

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A essa altura do campeonato, todos os lojistas e prestadores de serviços, se não sabem, deveriam saber de cor e salteado as regras básicas de segurança sanitária: higienização constante dos ambientes (principalmente em áreas comuns de contato, como corrimões, maçanetas e máquinas de pagamento por cartão), fornecimento de álcool gel a funcionários e clientes, uso de máscaras de tecido por parte dos atendentes e, o mais importante, evitar aglomerações, mantendo distanciamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas.

Carlos Moisés foi claro no recado: as liberações são temporárias. Estabelecimentos que descumprirem as normas poderão ser multados e até fechados e o governo não vai titubear em voltar atrás se a situação fugir do controle.

Numa sociedade onde muita gente costuma se queixar do nível de interferência do Estado na vida das pessoas, eis a oportunidade de demonstrar responsabilidade — algo que não se viu muito até agora —, saindo de casa apenas se realmente for necessário, cobrando dos estabelecimentos o protocolo de saúde e denunciando quem descumprir as regras. O bom comportamento parte primeiro do indivíduo, mas tem consequências coletivas. E é ele quem, no final das contas, determina a duração da quarentena. A conferir.

Quarentena prorrogada

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Na coletiva de imprensa deste sábado (11), Moisés anunciou que o transporte coletivo municipal, intermunicipal, interestadual e internacional segue proibido até 30 de abril em too o Estado. O mesmo vale para shoppings, centros comerciais e galerias e para a permanência de pessoas dentro de bares, cafés, restaurantes e similares.

Já eventos e reuniões públicas, missas, cultos religiosos, excursões e cursos seguem vetados até 31 de maio. Parques, praças e praias também não poderão receber pessoas até esta data. Aulas das redes municipal, estadual e federal também continuam suspensas até o fim do próximo mês, assim como eventos esportivos, academias, cinemas, teatros, shows e casas noturnas.

Esta é a determinação do Estado. Os municípios, por outro lado, podem ser mais restritivos. Só não podem, conforme orientação do Ministério Público de Santa Catarina, implantar regras mais flexíveis que as impostas pelo governo estadual.