Um mês após a eleição que o consagrou prefeito de Blumenau a partir de 2025, Egidio Ferrari (PL) já tem desenhado um esboço inicial do futuro governo. Apesar de a equipe ainda estar em formação, o delegado de polícia começou a estudar algumas medidas administrativas, com base em relatórios recebidos durante esse período inicial de transição. Uma delas inclui um plano de reestruturação do Samae, hoje considerado o grande “pepino” da gestão municipal pelos constantes problemas de abastecimento de água e denúncias de corrupção.

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O plano de Egidio é apresentar, logo no início do mandato, um amplo diagnóstico da autarquia, com medidas para melhorar a gestão. Privatização, por outro lado, é algo que não está no radar. Em paralelo, o futuro prefeito também já começou a estudar uma minirreforma administrativa, possivelmente com cortes de uma ou outra secretaria – criação de novas estruturas e cargos parece descartada neste momento. A pasta de Parcerias e Concessões, por exemplo, é uma das mais “caíveis”, com suas atribuições podendo ser distribuídas para Desenvolvimento Econômico e Gestão Governamental.

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Outras mexidas vão demandar tato político e acomodação de interesses, com vistas à governabilidade. Por enquanto, foram anunciados, para o primeiro escalão, os nomes de Maria Luiza Fusinato (Secretaria de Comunicação), Dênio Scottini (chefia de gabinete), Laura Gehrk (Fazenda), Éder Boron (Procuradoria Geral) e Marcelo Althoff (Gestão Governamental). Todos eram pedra cantada na bolsa de apostas, pela proximidade com Ferrari e pelo envolvimento na campanha.

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Nos últimos dias, o delegado de polícia tem mapeado nomes para cargos de confiança e secretarias. De aliados da campanha, tem recebido indicações. Como resposta, diz que quer ver o currículo deles. A entidades empresariais, como a Acib, pediu sugestões para alguns casos. Ferrari quer priorizar técnicos, mas a concorrência é difícil. Muitos bons quadros da iniciativa privada rechaçam a ideia de migrar para a gestão pública porque o salário é menor e o nível de exposição e estresse, maior.

À coluna, o prefeito eleito revelou que quer ter o time, ou a maior parte dele, formado até o fim de novembro. Egidio também tem a intenção de articular com o prefeito Mário Hildebrandt (PL) mudanças na estrutura administrativa ainda em 2024, com a aprovação de projetos de lei na Câmara de Vereadores. A ideia é evitar a sensação de interrupção da gestão e abrir 2025 com um novo organograma, com a cara e as digitais do futuro comandante, já definido.

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