Duas cidades do Vale estão no alvo da Vokkan Empreendimentos, que anunciou nesta semana intenção de investir pelo menos R$ 300 milhões em megaprojetos urbanísticos em Santa Catarina. A empresa quer construir bairros planejados em grandes loteamentos de Porto Belo e Navegantes, além de Joinville. Todos eles seguiriam um padrão comum: aliar opções de moradia, trabalho, serviços e lazer em uma área relativamente pequena – mas não restrita –, proporcionando maior qualidade de vida para os futuros residentes e visitantes.
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Um dos nomes à frente da iniciativa é o empresário Roderjan Volaco, fundador da Associação Empresarial de Itapema. Ao blog, ele disse que a proposta é semelhante ao que já existe na Pedra Branca, bairro de Palhoça que segue princípios do urbanismo sustentável.
Os projetos estão sendo assessorados pelo renomado arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que já foi prefeito de Curitiba e governador do Paraná. O primeiro na mira é o de Porto Belo. Uma área de 500 mil metros quadrados, logo na entrada da cidade, já está reservada. A Vokkan ainda precisa finalizar algumas questões, o que na estimativa de Volaco deve acontecer até março, antes de começar a mexer no espaço.
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Em paralelo, outra frente de trabalho, que conta com a experiência de Nara Schütz, profissional que prestou consultoria para a Pedra Branca, está levantando quais tipos de operações comerciais e de serviços poderiam ser instaladas no local – é certo que haveria alternativas ligadas à educação, saúde, gastronomia e entretenimento, por exemplo. O empresário adianta que já há parceiros definidos.
Além dessas opções que ainda serão mapeadas em detalhes, o projeto do bairro contempla fiação subterrânea, ciclofaixas, tratamento de esgoto próprio e até mesmo um lago artificial, além de áreas verdes, diz Volaco. Somente em Porto Belo, projeta o empresário, isso impactaria entre 10 e 12 mil pessoas, com possibilidade de geração de mais de 2 mil empregos. Em Navegantes, onde a área prevista é bem maior, os efeitos seriam ainda mais grandiosos.
Dado o gigantismo e a complexidade de obras como essas, será preciso, no entanto, esperar alguns bons anos para vê-las saírem do papel.