A fabricante catarinense de sorvetes e picolés Cremoso, que tem meio século de mercado, entrou em recuperação judicial. A proteção contra credores foi deferida no dia 31 de agosto pela juíza Aline Mendes de Godoy, da Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais da Comarca de Concórdia.

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Fundada em 1974 e com sede em Xaxim, no Oeste do Estado, a empresa agora tem prazo de 60 dias, contados a partir da decisão, para apresentar à Justiça um plano de recuperação judicial. É neste documento que a Cremoso deve propor medidas de reestruturação e pagamento de dívidas que chegam a R$ 11,6 milhões.

A maior parte dos débitos é com instituições financeiras, segundo informações que constam nos documentos dos autos do processo. Ao recorrer à Justiça, a fabricante alegou que uma das razões das dificuldades foi justamente o aumento da taxa de juros de empréstimos bancários.

A Cremoso também sustenta que foi impactada pela pandemia, que afetou o setor de alimentação fora do lar. Ainda diz que investimentos altos para abrir uma filial na região Centro-Oeste, consolidada em 2017, não resultaram no faturamento esperado. A unidade acabou vendida em 2023.

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A decisão que defere a recuperação judicial também suspendeu ações ou execuções movidas contra a Cremoso, o que é praxe neste tipo de processo, permitindo fôlego para a reestruturação. Procurada, a empresa disse que está confiante na reversão da situação.

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