As recentes críticas feitas pelo prefeito de Blumenau, Mario Hildebrandt, ao governo de Santa Catarina em meio à gestão da pandemia do coronavírus não passaram em branco dentro da Casa d’Agronômica. O Estado rebateu as contestações neste sábado (18), embora para isso tenha recorrido a uma saída institucional, sem expor rostos ou assinaturas e muito menos por meio de uma intervenção direta do governador Carlos Moisés.
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A tarefa coube à comunicação da Secretaria de Saúde. Durante a noite, a assessoria disparou um release – como é chamado um boletim informativo – aos jornalistas com um título sugestivo: “Blumenau recebeu 51 respiradores e R$ 60 milhões para o enfrentamento à pandemia”. Não havia nomes nem declarações de autoridades, mas o texto soou como resposta sob medida às reclamações feitas por Hildebrandt.
O texto diz que Blumenau foi o município que mais recebeu ventiladores pulmonares do governo: 51 dos 385 respiradores produzidos pela WEG foram distribuídos entre os hospitais Santa Isabel (que recebeu 31 unidades no dia 24 de junho) e Santo Antônio (contemplado com 20 aparelhos em 13 de julho).
O Estado acrescenta ainda que já repassou R$ 60,5 milhões ao município e suspendeu as metas de produção dos hospitais, garantindo a cada um deles uma quantia mensal de R$ 1 milhão. “Ou seja, enquanto durar a pandemia, o Hospital Santa Isabel e o Hospital Santo Antônio estão recebendo mensalmente o valor máximo da tabela, sem a necessidade de cumprimento de meta”, segundo o material.
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O release ainda acrescenta, no que é outra resposta direta ao prefeito, que disse que o governo não estava fazendo a sua parte: “Portanto, o Estado cumpre com suas obrigações de fornecer equipamentos como respiradores e monitores multiparâmetros, além da ampliação de recursos por meio da Política Hospitalar Catarinense”. E complementa dizendo que a ativação de leitos, incluindo recursos humanos necessários para que o pedido de habilitação seja encaminhado ao Ministério da Saúde, é de competência do gestor local.
O menos importante diante da grave situação enfrentada é apontar quem tem razão nessa discussão. A troca de farpas entre município e Estado, aliás, em nada colabora no combate à pandemia. Hildebrandt e Moisés devem estar juntos (ainda que à distância) na próxima terça-feira (21), durante a aula inaugural do programa Entra21, do Blusoft. Quem sabe não seja uma oportunidade de aparar as arestas.
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