A Havan e o Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) chegaram a um acordo para encerrar um processo de assédio eleitoral movido pelo órgão contra a varejista. Em 2018, a rede e o empresário Luciano Hang foram acusados de coagir funcionários a votarem em Jair Bolsonaro (na época ainda no PSL) para a presidência e teriam sugerido que lojas seriam fechadas em caso de vitória de Fernando Haddad (PT).

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Ambos chegaram a ser condenados, em primeira instância, a pagar uma indenização de R$ 85 milhões, mas recorreram da decisão.

Pelo acordo, costurado em audiência realizada na quarta-feira (26) no Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina conduzida pela desembargadora Mari Eleda Migliorini, a Havan vai enviar um texto aos funcionários em que Hang, diretores e representantes da empresa se comprometem a se abster de manifestações eleitorais, como enquetes, pesquisas ou atos cívicos com cunho moral, dentro das lojas.

Os valores envolvidos no acordo não foram divulgados a pedido das partes, mas a coluna apurou com uma fonte a par do caso que a quantia é menor que os R$ 85 milhões usados como parâmetro na condenação em primeira instância. Os recursos serão destinados a instituições sociais cadastradas junto ao MPT.

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Procurada para comentar o assunto, a Havan não deu retorno até o momento da publicação. O espaço está aberto. Na época da condenação em primeira instância, em janeiro do ano passado, Hang negou em nota que tenha cometido irregularidades e classificou a decisão como ideológica.

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Fonte: 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro 2024 – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)

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