Quase metade (47,4%) dos estabelecimentos de hospedagem catarinenses são de micro porte, têm até nove funcionários e adotam um modelo de gestão predominantemente familiar (74,2%). Os dados constam em uma pesquisa apresentada ontem em Florianópolis pela Fecomércio-SC e pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Santa Catarina (Abih-SC)

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O estudo mapeou 426 empreendimentos, entre hotéis, hotéis fazenda, albergues, pousadas, flats e motéis, das seis grandes regiões do Estado. Liderado por Balneário Camboriú, que respondeu por 8,2% do total de estabelecimentos – atrás apenas de Florianópolis (10,6%) –, o Vale teve a maior fatia entre as respostas, de 39,7%.

No Estado, o setor tem 20,6 funcionários e 110,16 leitos, em média, por estabelecimento. A taxa de ocupação fica em 56%, com diária média ao custo de R$ 224. O levantamento ainda apura diversas condições de infraestrutura desses locais. Em destaque, o fato de 99,1% deles oferecerem wi-fi gratuita aos hóspedes.

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Por outro lado, há indicadores que ainda reforçam a necessidade de aperfeiçoamento para melhorar a experiência de hospedagem. Quase 56% admitem que não possuem mecanismos de acessibilidade para deficientes, 57,5% proíbem a presença de animais de estimação e 29,9% ainda não têm funcionários que falam um segundo idioma, o que pode ser um problema na hora de receber turistas estrangeiros.

No Vale, redes estão mais difundidas

O estudo mostra que as grandes redes hoteleiras têm uma participação proporcionalmente maior no mercado do Vale do que em outras regiões. Elas representam 34% dos estabelecimentos, enquanto a média catarinense é de apenas 8,2%. A difusão de grandes corporações é mais visível em Blumenau, com várias operações novas e outras a caminho.

Em 2015, o Hotel 10 estreou uma unidade às margens da BR-470. No ano passado, a AccorHotels abriu um novo Ibis Budget e a Slaviero entregou a reforma do antigo Hotel Rex, ambos no Centro. Estão a caminho um empreendimento da Intercity na Via Expressa e um da Atlantica Hotels no antigo Viena.

O interesse de grandes redes pode ser visto como um sinal de valorização do turismo de lazer e de negócios do Vale. Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sihorbs) de Blumenau e Região, Tatiana Honczaryk avalia que a concorrência das grandes é bem-vinda:

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— Isso traz bastante qualidade no serviço e empurra todo mundo para o profissionalismo.