Começa a ganhar corpo uma nova fábrica de cristais em Blumenau. Um grupo de 14 sócios, liderados pelo empresário Gabriel Vidigal e pela advogada Yasmin Pastore Abdalla, pretende ter tudo pronto para iniciar a fabricação de taças e copos de cristais coloridos com a marca Mozart em junho.
Continua depois da publicidade
Curta Pedro Machado no Facebook
Leia mais publicações de Pedro Machado
O galpão de 1,4 mil metros quadrados onde as peças serão feitas, na Rua Bahia, passa por algumas obras e ainda está praticamente vazio. Algumas máquinas feitas sob medida, no entanto, já estão prontas e outros equipamentos devem chegar em breve da Itália.
Todos os investidores não são da região – dos 14, apenas um atua em Santa Catarina, em Florianópolis. O aporte no negócio soma R$ 2,8 milhões. Vidigal, que responde pela diretoria executiva da Mozart, tem experiência no ramo de presentes.
Continua depois da publicidade
Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo setor cristaleiro do Vale nos últimos anos, ele avalia que há mercado para peças de alto valor agregado, com apelo tanto na gastronomia quanto na decoração. As taças da marca, que serão 100% feitas a mão, chegarão ao consumidor com preços a partir de R$ 50, uma ideia do tipo de nicho e público que a empresa pretende atingir.
Na largada, a Mozart terá dois fornos de produção e 55 funcionários. Uma equipe comercial com 30 representantes já foi montada e está tirando pedidos em todo o país, diz Vidigal. O planejamento estratégico inclui a implantação de uma loja de fábrica para os próximos meses.
Outra meta é dobrar a produção em 2019, ampliar o portfólio – com outros tipos de itens de cristal – e disponibilizar algumas linhas de produtos para venda pela internet.
Há sonhos ainda mais altos: em dois anos, a Mozart já quer exportar. Fala até em abrir uma loja própria em Miami, um dos principais destinos turísticos do mundo.
Continua depois da publicidade
Velho conhecido
O antigo proprietário e fundador da Cristallerie Strauss, Frederico Strauss, será o responsável técnico e artístico da produção.
A Strauss fechou as portas em 2016 afundada em dívidas e no fim do ano passado teve os bens comprados em leilão pela Oxford, de São Bento do Sul. A ideia é aproveitar os conhecimentos técnicos de Frederico, que não estará ligado à gestão direta do negócio.
