O prolongamento da Via Expressa em Blumenau deve ficar pelo menos quatro vezes mais caro do que o previsto, segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, Jerry Comper. Inicialmente orçada em R$ 138,7 milhões quando houve a assinatura da ordem de serviço, em setembro de 2014, a obra agora não deve sair, em valores atualizados, por menos de R$ 600 milhões.
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Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, que ocorreu na manhã desta terça-feira (20) a pedido do deputado Napoleão Bernardes (PSD), Comper repetiu o valor por três vezes seguidas ao se referir a “uma série de problemas” que envolvem a finalização da nova SC-108. A lista inclui erros de projeto, divergências nas contas, impactos ambientais e medições equivocadas junto à empreiteira contratada.
— De 64 obras que temos no Estado, a única com problema é essa — disse Comper.
O prazo inicial dado pelo governo do Estado é de que tudo estaria pronto até 2017 – já são, portanto, oito anos de atraso. Mas, dos 15 quilômetros previstos, somente três, entre a BR-470 e a Rua Theodoro Pasold, passando pela Rua Guilherme Scharf, estão pavimentados. A ausência de alças de acesso e outras intervenções ainda impedem a liberação do tráfego de veículos.
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No encontro, Comper foi franco ao admitir que não há previsão para a conclusão de toda a obra, mas se comprometeu a concentrar energia para ao menos destravar esses três primeiros quilômetros. Apesar do tom de cobrança da audiência, não houve estimativas de prazos. Entre as alterações de projetos que precisam ser analisadas estão uma nova ligação da rodovia com a BR-470 e a troca de um viaduto por uma rotatória na Rua Theodoro Pasold.
O prolongamento da Via Expressa está com a obra paralisada desde agosto de 2024 e, até hoje, só um quarto dos trabalhos foi executado. O governador Jorginho Mello (PL) deve vir a Blumenau no início de junho para mais uma edição do programa SC Levada a Sério. Certamente deve ser cobrado sobre o assunto.
Veja fotos da obra inacabada
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