As empresas de Santa Catarina listadas na Bolsa de Valores brasileira tiveram um ano de 2023 marcado por altos e baixos. Enquanto algumas aumentaram as receitas e lucraram mais, outras amargaram queda nos resultados. Houve ainda quem ficou no vermelho, mas pelo menos reduziu o prejuízo em relação a 2022.
Do Estado, 20 companhias negociam ações na B3 e, por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), precisam divulgar as demonstrações financeiras anuais completas – prazo que termina nesta segunda-feira (1º).
Levantamento feito pela coluna a partir dos balanços já publicados mostra que este grupo de empresas contabilizou uma receita operacional líquida, somada, de R$ 133,1 bilhões em 2023, uma leve alta de 2% na comparação com 2022. Da lista, 10 companhias registraram crescimento no indicador, enquanto 10 tiveram queda.
Já o lucro líquido combinado foi de R$ 9,6 bilhões, uma alta de cerca de 60%. As leituras dos balanços e as justificativas apresentadas apontam para algo em comum na maioria das empresas: houve mais esforço na contenção de custos para melhorar as margens operacionais, que em muitos casos ajudaram a compensar a estagnação das receitas.
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Veja quanto as empresas faturaram e lucraram em 2023
BRF – Receita líquida: R$ 53,6 bilhões (-0,35%). Prejuízo líquido: R$ 1,86 bilhão, havia sido de R$ 3,1 bilhões em 2022 (Foto: Divulgação)
Statkraft – Receita líquida: R$ 944,6 milhões (+9,6%). Lucro líquido: R$ 380,9 milhões (+60,2%) (Foto: Divulgação)
Karsten – Receita líquida: R$ 667,9 milhões (+9%). Lucro líquido: R$ 42,1 milhões. Teve prejuízo de R$ 21,6 milhões em 2022 (Foto: Divulgação)
Dohler – Receita líquida: R$ 618,1 milhões (-2,7%). Lucro líquido: R$ 467 mil (-86,5%) (Foto: Divulgação)
Metisa – Receita líquida: R$ 572,8 milhões (-28,2%). Lucro líquido: R$ 87,2 milhões (-4,9%) (Foto: Divulgação)
Altona – Receita líquida: R$ 495,4 milhões (+0,7%). Lucro líquido: R$ 49,3 milhões (+33,2%) (Foto: Patrick Rodrigues, Arquivo NSC Total)
Metalúrgica Riosulense – Receita líquida: R$ 341,4 milhões (-13,2%). Lucro líquido: R$ 54,1 milhões (-18,7%) (Foto: Divulgação)
Teka – Receita líquida: R$ 297,6 milhões (+11,8%). Prejuízo líquido: R$ 151,5 milhões. Teve prejuízo de R$ 160 milhões em 2022 (Foto: Patrick Rodrigues, Arquivo NSC Total)
Wetzel – Receita líquida: R$ 268 milhões (-8,5%). Prejuízo líquido: R$ 25,3 milhões. Teve lucro de R$ 30 milhões em 2022 (Foto: Divulgação)
Renauxview – Receita líquida: R$ 132,7 milhões (-37,5%). Lucro líquido: R$ 16,7 milhões (+1.391%) (Foto: Divulgação)
Pomifrutas – Receita líquida: R$ 7,5 milhões (+31,8%). Prejuízo líquido: R$ 5,44 milhões. Teve prejuízo de R$ 5,2 milhões (Foto: Divulgação)
Em linhas gerais, as empresas relatam que 2023 foi um ano desafiador pela conjuntura interna – troca de governo e estabelecimento de uma nova diretriz econômica costumam fazer os negócios ficarem em compasso de espera – e por desafios do mercado internacional, com inflação em alta em muitos países. Boa parte delas diz estar otimista com as perspectivas de melhora no cenário e o surgimento de novas oportunidades em 2024.
Aliás
Embora receita e lucro líquido sejam indicadores econômicos importantes, os balanços das empresas também são afetados por questões tributárias e contábeis, entre outras variáveis que também afetam a saúde financeira de um negócio.