Mesmo em situação melhor (ou menos pior) do que a média nacional, Santa Catarina ainda está pagando a conta da recessão. Levantamento feito pela Fiesc com base em dados do Banco Central, apresentado nesta terça-feira pelo presidente Mario Cezar de Aguiar, mostra que o Estado, até setembro, ainda estava “devendo” 0,5% de desempenho econômico, apesar de acumular crescimento de 2,7% no ano.

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Ou seja, 2018 deve marcar apenas o retorno dos indicadores ao patamar pré-crise, ou quase isso, o que dá uma ideia do tamanho do rombo provocado a partir de 2015 pela mais grave recessão da história recente do país. A situação, aliás, ainda é desoladora em nível nacional. O Brasil acumula perdas de 6,2% neste período de turbulências.

Santa Catarina também precisaria criar 62 mil empregos adicionais neste ano para zerar o déficit de vagas fechadas em 2015 e 2016 – até agora, o saldo está em 54 mil.

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O discurso de Aguiar, no entanto, é positivo. Na apresentação, ele disse que o Estado poderia ter indicadores ainda melhores se o ritmo de recuperação da economia nacional como um todo fosse mais intenso. Mesmo assim, considerou que “as expectativas são as melhores possíveis para 2019”.

Dados animadores

Segundo a Fiesc, de janeiro a outubro também foram registrados aumento na produção industrial (4,4%), nas vendas do setor (13,3%), na exportação (4,8%), na importação (24,1%) e no saldo de empregos da indústria de transformação (22,5 mil vagas). Os números poderiam ter sido melhores não fosse a greve dos caminhoneiros de maio, observou Aguiar.

Ainda há crescimento do índice de confiança (66 pontos em novembro), indicador que revela maior disposição do mercado para tirar projetos do papel. A Investe SC, agência de atração de investimentos fruto de parceria entre a Fiesc e o governo estadual, estima geração de 4 mil novos empregos a partir de R$ 7 bilhões em investimentos anunciados para Santa Catarina em 2019.

O presidente da Fiesc também ressalta a importância da manutenção de uma política de incentivos fiscais para ampliar a competitividade da indústria catarinense com outros estados e países concorrentes.

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