Serão conhecidas no dia 12 de novembro as propostas dos interessados em assumir a administração do antigo Frohsinn. O edital para a concessão do espaço no Morro do Aipim à iniciativa privada será publicado nesta quarta-feira, informação que já havia sido antecipada pelo blog. O documento prevê que o vencedor tenha de investir até R$ 3,64 milhões na restauração da área.

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Nesta conta entram cerca de R$ 565 mil em reformas necessárias na estrutura que já existe, incluindo a revitalização do mirante. Em torno de R$ 1,48 milhão deverá ser aplicado na ampliação de até 500 metros quadrados da atual área construída, que tem cerca de 850 metros quadrados. Por fim, mais R$ 1,58 milhão precisará ser destinado à pavimentação e à sinalização da Rua Gertrud Sierich, que dá acesso ao local.

O prazo de concessão, não renovável, será de 25 anos. Quem vencer poderá abater os investimentos feitos do aluguel mensal a ser pago à prefeitura para a exploração do espaço. O valor mínimo será de R$ 12 mil. Vencerá a licitação quem apresentar a maior proposta de locação.

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A esticada no prazo de concessão é uma das principais alterações do novo edital. O anterior previa apenas cinco anos, prorrogáveis por mais cinco. A avaliação da prefeitura foi de que o período era curto para amortizar os investimentos, o que teria afugentado investidores – nenhuma proposta foi apresentada no processo anterior.

Além de mais tempo, agora há a possibilidade de fazer uma ampliação maior no imóvel, que poderá ser usada para a promoção de eventos. Tanto o prefeito Mario Hildebrandt (PSB) quanto o secretário de Turismo e Lazer, Ricardo Stodieck, chegaram à conclusão de que apenas a exploração de um restaurante no local não seria economicamente viável.

Pelo edital, a concessionária terá de ter tudo pronto até dezembro do ano que vem – exceção feita à pavimentação do acesso, cujo prazo máximo de entrega é de 60 meses após a assinatura do contrato. Desde já, é esta informação que será usada como contagem regressiva.

Cardápio

O cardápio do restaurante deverá ter pratos tradicionais da culinária alemã. Outras opções poderão ser acrescentadas. O que não será permitido é a instalação de pizzaria, lanchonete e churrascaria. A ideia é manter as características gastronômicas originais do espaço. O estabelecimento deverá abrir as portas ao público no mínimo seis noites por semana para o jantar e sábados, domingos e feriados para o almoço.

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Sublocação

Quem vencer a licitação poderá sublocar até 50% da área para estruturas de apoio, como loja de conveniências, empório, café, bar e espaço para eventos.

O acesso

Embora a pavimentação da Rua Gertrud Sierich esteja prevista no edital como responsabilidade da empresa vencedora, a prefeitura de Blumenau ainda tenta buscar recursos a fundo perdido junto ao Ministério do Turismo para tocar a obra. Caso consiga, o valor do investimento a ser feito pela concessionária diminui. Em compensação, ela não poderá abater essa quantia da locação. Nos dois cenários não haveria ônus para o município, garante o prefeito.

O mirante

O acesso ao mirante deverá ser público e gratuito e não poderá ser condicionado ao consumo de produtos e serviços que serão oferecidos pelo estabelecimento que se instalar no espaço, conforme o edital.

Mais atrativo

É bem provável que, desta vez, o edital atraia mais interessados. Os investimentos previstos pela concessionária são de cerca de R$ 3,64 milhões. Este é mais ou menos valor que seria pago em 25 anos de locação a R$ 12 mil – quantia mínima, vale lembrar – pelo espaço, desconsiderando correções inflacionárias.

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A história do Frohsinn

– O restaurante começa a ser construído em 1968 com aplicação da técnica que retrata o estilo enxaimel.

– É inaugurado no dia 14 de agosto de 1969. Recebe o nome de Frohsinn, que significa estado de alegria.

– Nas décadas seguintes, se consolida como grande referência da gastronomia blumenauense.

– Em 2013, o imóvel foi retomado pela administração pública por falta de cumprimento de itens da concessão até então vigente. Desde então, está fechado.

– No dia 20 de agosto de 2014, o imóvel é atingido por um incêndio. O fogo comprometeu 50% da estrutura, consumindo o local onde funcionava o salão do restaurante. Parte do telhado caiu e paredes foram danificadas.

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– Obras para a reconstrução da parte afetada pelo fogo começaram em junho de 2015.

– Ao longo de 2016, a empresa responsável pela obra de recuperação decretou falência e os serviços foram interrompidos. No mesmo ano, a prefeitura, via dispensa de licitação, contratou outra empresa para finalizar os trabalhos.

– Em dezembro do ano passado a prefeitura lançou um novo edital de concessão. Não apareceram interessados.

– Reformulado, um novo edital será publicado nesta quarta-feira. Expectativa da prefeitura é que a nova concessionária comece a operar no local no máximo até dezembro de 2019.