Tenho vivido uma explosão de diversão nos videogames. Com um jogo mais antigo, o God of War II.

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Vou contar uma frescura que eu tenho que é um pouco embaraçosa. Quando eu termino um jogo em algum videogame, alguma parte de mim quer mudar, principalmente de controle. Eu terminei o primeiro jogo do Spyro da coleção Spyro the Reignited Trilogy e não queria continuar com o controle do Xbox.

Vendi meu PS4, então o jeito foi voltar para o PS3. God of War II foi um jogo que eu comecei já duas vezes, mas não tinha terminado. Porque o PS3 original é um trambolho e sempre acabava preferindo guardá-lo de volta no armário para ganhar mais espaço.

Mas agora eu resolvi investir neste título, na versão remasterizada da segunda aventura de Kratos. E que aventura!

Kratos enfrenta Colosso em God of War II
Vamos ver quanto tempo este colosso vai durar se brigar com o Kratos (Foto: Divulgação)

Fiquei pensando sobre algo que eu sempre digo. Um jogo bom é um jogo bom, não importa quando foi lançado. Se hoje temos tecnologia para gráficos cada vez mais realistas e captura de movimentos e voz de atores, nada disso garante que o game vai ser bom. O que importa mesmo é a diversão.

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E God of War II é dos melhores títulos de ação de todos os tempos. Simples assim. A apresentação deste jogo é extraordinária. Gráficos lindos, trilha sonora maravilhosa. E o mais importante: como é divertido!

O combate de God of War II é bom demais. E não é só apertar quadrado. Ele te disponibiliza uma gama de estratégias, com diferentes armas e magias. Você escolhe o que fica melhor para você.

As criaturas mitológicas da Grécia Antiga que você encontra são muito interessantes. Passear pelo mundo deste jogo é muito divertido.

Kratos grita em God of War
“Quem roubou meu condicionador de barba?!?!?!?!?!” (Foto: Sony Interactive Entertainment/Divulgação)

Para dar um respiro no combate, há também alguns quebra-cabeças simples. Daqueles que você não demora mais do que cinco minutos pensando em como resolver. Maravilhoso. E as cinemáticas são curtas e não interrompem a ação.

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Esse jogo também me fez pensar sobre a franquia God of War. Não sei direito o que rolou com o Ascension que não deu certo, mas sinto muito terem mudado a fórmula da série. Acabou que os novos God of War nunca me atraíram.

O Kratos deixou a aparência de protagonista de videogame e agora parece um cara que frequenta barbearias caras e tem uma coleção de discos de vinil. Além disso, ele precisa interagir com o filho, controlado pelo computador. Que preguiça.

Kratos e filho em God of War Ragnarök
Querido filho, por favor não me diga como resolver os puzzles. Brigadão. (Foto: Sony Interactive Entertainment/Divulgação)

A história parece que ficou mais pesada e presente. Não sei se isso é desejável em um jogo focado em combate. Ou será que ele ficou voltado mais para a história mesmo? Nunca me empolguei para descobrir, apesar de que tenho certeza de que é um jogo muito competente em gráficos e jogabilidade.

Contudo, o que eu gosto mesmo em God of War é do exagero, do absurdo. Gosto do “enfrente inimigos em hipogrifos enquanto voa em Pégaso”.

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E a câmera genial dos games originais, que te dava dicas de onde ir sem precisar colocar um monte de ícones na tela, deu lugar para aquela câmera de ombro, como a de tantos outros jogos. Parecida com Dark Souls, com Batman Arkham. Para mim, dá a impressão de que God of War perdeu a identidade e agora o jogo do protagonista doidão que enfrenta inimigos exagerados ficou com a Bayonetta.

Ainda tenho alguns títulos do God of War antigo para jogar, então vou focar neles. Depois decido se quero saber o que acontece com o Kratos nas aventuras mais atuais. Você que usa barba, tenho certeza que já perguntou para ele em qual barbearia ele vai.

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