O adolescente que roubou um relógio Rolex de um motorista de um carro BMW em Balneário Camboriú não ficou mais do que 24 horas preso. Ele foi apreendido em Goiânia, em flagrante, por associação criminosa, mas logo foi liberado. O ato infracional ocorreu no dia 7 de agosto em plena luz do dia na Avenida Brasil, a mais movimentada de BC. De moto, o marginal armado abordou o motorista do carro e praticou o assalto.

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O delegado da Polícia Civil em Balneário Camboriú, David Queiroz, afirma que o jovem de 17 anos faz parte de uma quadrilha especializada em roubo de relógios de luxo que atua em Santa Catarina, São Paulo e Goiás. A polícia já tem o conhecimento de no mínimo dez roubos praticados pelos criminosos. Em Santa Catarina, o registro é de apenas em Balneário Camboriú.

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Perícia

Foi através da impressão digital deixada no capacete da moto que a polícia chegou até o rapaz. O material foi colocado no sistema, que identificou o jovem em Goiânia. No estado de Goiás já há uma investigação avançada com a comprovação de vários crimes anteriores praticados pelos marginais.

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Impunidade

É inadmissível que o adolescente não tenha ficado mais do que 24 horas apreendido. É um trabalho árduo, que envolveu as polícias de Santa Catarina, Goiás e São Paulo, envolvendo os agentes, delegados, servidores e perícia criminal. E que resulta, até agora, na impunidade. Se um jovem marginal, com prova pericial, preso em flagrante, mesmo que por outro crime, é solto após assaltar a mão armada uma pessoa, o que falta para mantê-lo preso? Somente se ele tivesse matado a vítima?

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 A medida é a cara da impunidade. O estado brasileiro o convida para continuar a delinquir. Evidente que temos que cobrar investimento pesado em educação de qualidade e serviços sociais eficientes. Essa cobrança precisa ser permanente. Mas, da mesma forma, soltar quem assalta à mão armada, não ajuda em nada.

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