A venda de motos acumula uma alta de 4,37% em Santa Catarina em 2025. O setor é o que apresenta o melhor resultado entre os veículos. Foram 35.997 unidades emplacadas. Julho registrou um aumento de 10,17% sobre junho e 17,02% frente julho de 2024.

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O desempenho de vendas de carros e comerciais leves em 2024 traz uma alta de 2,44%, com 69.047 unidades vendidas. Em julho, o setor cresceu 28,15% em relação a junho e 1,38% na comparação com julho do ano passado.

Fenabrave

Piter Santana, diretor-executivo do Sincodiv-SC (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de Santa Catarina) e o presidente do Sincodiv-SC e diretor-regional da Fenabrave, Alfredo Breitkopf, no 33º Congresso da Fenabrave (Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores), em São Paulo

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Regional Fenabrave SC) durante a realização do 33º Congresso da Fenabrave (Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores), em São Paulo,  o maior evento de distribuição automotiva da América Latina e o 2º maior do mundo.

O mercado de veículos em Santa Catarina apresentou, ao todo, crescimento de  21,74% em julho (20.363 unidades) e sobe 2,28% no acumulado do ano. Leva-se em consideração a venda de motos, carros, caminhões, ônibus, implementos rodoviários, tratores e máquinas agrícolas.

Grande Florianópolis e Vale

Grande Florianópolis e Vale do Itajaí lideram em volume de emplacamentos, com crescimento de 4,63% e 3,94% no acumulado, respectivamente.

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Frota maior

Santa Catarina tem, historicamente, crescimento das vendas de veículo e, consequentemente, de sua frota também em ritmo superior à média nacional. Enquanto o Brasil tem expectativa de ter 6% no aumento de emplacamentos novos em 2025, SC deve encerrar o ano com alta de 9%.

“Deveremos ter um resultado de  20 mil unidades a mais em relação com 2024, quando vendemos 220 mil veículos e 2025 deve encerrar com cerca de 240 mil veículos vendidos”, afirmou Piter Santana Diretor Executivo do Sincodiv-SC (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de Santa Catarina).

Desafio

O grande problema de Santa Catarina é que a frota de carros, caminhões e motos cresce acima da oferta de infraestrutura e de transporte coletivo de qualidade. Vivemos um ambiente de cada vez mais saturação e colapso no trânsito, o que aumenta custo do transporte, perda de competitividade e da qualidade de vida no motorista.

Motos

Os números oficiais apontam para a maior alta na venda de motos. Fabricantes e revendedores comemoram, mas cresce a preocupação com o volume de motociclistas acidentados.

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Reportagem de Luiza Feppe Pereira e Juan Todescatt, no NSC Total, em julho, mostrou que Florianópolis e São José registraram, apenas neste ano, mais da metade das mortes em acidentes de trânsito que envolveram motociclistas. Os dados do Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran/SC) revelam que, embora motocicletas estejam envolvidas em apenas 20% dos acidentes na região, elas representam mais de 51% das fatalidades. Isto porque, só em 2025, das 47 mortes no trânsito na região da Grande Florianópolis, 24 foram de motociclistas.

Leitos hospitalares tomados, cirurgias eletivas canceladas para atender os politraumatizados, afastamentos do trabalho e custo financeiro para o poder público e setor privado.

Duas rodas

O Brasil, puxado pelo Polo Industrial de Manaus, é o maior produtor de duas rodas fora do eixo asiático. O faturamento anual é de R$ 40 milhões. São 150 mil empregos na cadeia econômica.

Segundo Marcos Bento, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção em 2025 será de 1,9 milhão de unidades.

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“Temos sinais cada vez mais positivos no mercado. A moto está cada vez mais presente na sociedade, no público feminino, crescendo em delivery e como oportunidade de inclusão social e primeiro emprego. Estamos contribuindo cada vez mais na mobilidade, eficiência logística e na economia”, afirmou Bento.

O Brasil precisava investir mais na formação desses motociclistas e apertar a fiscalização. 

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