Lelia Pereira da Silva Nunes, ex-superintendente da Fundação Franklin Cascaes (Florianópolis), estudiosa e investigadora da Cultura Catarinense, especialista em patrimônio imaterial e ex-diretora de patrimônio cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), disse à coluna que o hino catarinense é “imexível” e criticou a proposta do deputado estadual Ivan Naatz (PL) que pretende mudar um dos símbolos de Santa Catarina.

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— Trocar a letra é um ultraje à nossa história. Será que o ilustre deputado leu a letra com atenção? Temos uma música linda e uma letra que enaltece a história e louva a liberdade. O problema é que eles não sabem cantar porque são versos rebuscados. E vai ver que não aprenderam o hino nem na escola. Pois, não costumamos cantar. Os autores são catarinenses, não é um hino forâneo. A letra é de Horácio Nunes Pires e a música de José Brazilício de Souza, nascidos em Florianópolis, na Ilha. O Hino do Estado de Santa Catarina foi sancionado por lei estadual em 6 de setembro de 1895, durante o governo de Hercílio Luz. Logo, tem uma composição do século XIX e retrata a cultura poética da época. O Hino é nosso patrimônio imaterial e é imexível — disse a escritora e socióloga e ex-diretora de patrimônio cultural da FCC.

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