O Orçamento da União para obras de ampliação (duplicação) e novas estradas (construção, como na BR-285) de rodovias federais em Santa Catarina no terceiro mandato do presidente Lula é um “voo de galinha” — começou em alta em 2023 e 2024, com um voo curto, e termina em baixa (2024 e 2025).

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O texto aprovado no Congresso Nacional na última sexta-feira (19) representa uma queda de 61% em relação ao primeiro ano de Lula 3.

Imagens da duplicação da BR-280

Em 2023, o volume total de investimentos para as BRs 280, 470, 285, 163 e 282 foi de R$ 581,9 milhões. Em 2024, caiu para R$ 403,5 milhões e seguiu em ritmo de queda. No ano que está terminando, 2025, o recurso para quilômetro novo foi de R$ 224,6 milhões e o aprovado no Congresso para 2026 é de R$ 223,2 milhões. O positivo é que para o ano que vem há a dotação orçamentária de R$ 37,4 milhões para a ponte de Itapiranga, no Oeste. 

O levantamento foi realizado pelo gabinete do senador Esperidião Amin (PP). A coluna procurou o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Pedro Uczai (PT), mas ainda aguarda o retorno. 

O que se percebe, entretanto, é que nas rodovias citadas acima, o volume de quilômetro novo, ampliação — que é o mais importante — a redução é brutal.

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Com o valor de manutenção e conservação, que é importante também, embora desconhecido ainda, o volume total de recursos irá subir. 

O que preocupa, entretanto, é que Santa Catarina tem como principal gargalo infraestrutura. Precisamos, além de conservação, principalmente ampliação, com novas faixas e duplicações. E é justamente isso que terá ritmo mais lento: menos dinheiro, menos obras. 

O início do governo Lula 3 foi marcado por investimento total recorde nas estradas federais de Santa Catarina. Aquilo que falávamos há três anos, ocorreu. O risco é de lançar obras, contratar projetos de engenharia, e não ter recursos para dar sequência e ritmo nas frentes de trabalho.

O governo Lula tem a principal marca expansão de gasto, aumento do déficit fiscal e foco na distribuição de recursos em benefícios sociais. Não é sustentável economicamente no médio e longo prazos sem reformas estruturantes. A conta chegou.

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