Promessa de campanha do então candidato Lula na eleição de 2022, a picanha acessível ao trabalhador brasileiro está mais distante de se tornar realidade. Com a inflação corroendo o poder de compra da população, o governo federal anunciou, semana passada, zerar tarifa de importação para alguns alimentos, como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva, na tentativa de provocar a queda no valor dos produtos. 

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Entretanto, o impacto será mínimo, segundo a maioria dos economistas, Na sonhada picanha, o preço não irá baixar. Esse é o sentimento do Agro catarinense.

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— Infelizmente essa decisão do governo federal é inócua, porque o governo não quis ouvir nenhuma entidade dos produtores. Por exemplo, a questão dos ovos tem a crise sanitária dos Estados Unidos, galinhas precisaram ser abatidas e isso combinou com o forte calor no Brasil onde os produtores precisaram adaptar sistemas de refrigeração e teve a alta na conta de energia. Tem aumento da gasolina, do óleo diesel. São problemas da porteira pra fora. Quanto à picanha, é impossível baixar o preço. Estamos na pecuária há quatro anos com preço baixo para o produtor, foi-se matando as fêmeas e focando na exportação. Subiu energia, gasolina, estradas precárias, juro alto, portos deficitários. O produtor é vítima desse sistema — afirma Enori Barbieri , Vice-presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (FAESC).

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