Quando deixei a TV Cultura/RCE e aceitei convite da RBS tudo que ouvi foi “não dura 60 dias lá”. Queria saber baseado em que comentavam assim minha ida para uma empresa poderosa, onde tinha tudo para dar certo. 

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A TV Cultura existiu até 1979. Virou RCE/TV até 1991, quando integrou a Rede OM, do Paraná, para em 1993 ser negociada com a TV Record. Fiquei até fins de 1977. Lá, não havia mais o que fazer porque na época os dirigentes não tinham nenhuma simpatia pelo esporte, Carnaval e eventos identificados com a Capital de Santa Catarina. 

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Fui a São Paulo três vezes e acertei com a direção geral o meu desligamento. No mesmo dia em que me despedi, recebi dois convites pelo telefone: RBS e TV Barriga Verde. Optei pela primeira e fui conversar com a cúpula para projetarmos o esporte na TV e montar uma equipe forte na CBN Diário. Cleiton Selistre era o diretor de jornalismo e Rogério Caldana o diretor geral. 

Cheguei no dia 12 de janeiro de 1998, e já no dia 19 estreava o Debate Diário, programa que na época tinha duas horas de duração. Aos poucos fomos nos convencendo de que havia necessidade de algumas adaptações. 

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Passaram-se 24 anos. Comigo estavam J.B. Telles, então colunista e comentarista da RBS, Marcelo Fernandes, apresentador da CBN Diário, e levei comigo o jornalista Paulo Brito, com quem já havia trabalhado na TV Cultura durante 15 anos. 

O propósito inicial era de um programa de debate que tratasse das coisas da cidade e no meio dele algo sobre o futebol. O Debate Diário começava ao meio-dia. 

Além de longo demais, o programa se arrastou em algumas oportunidades. Diminuímos seu espaço de direção e passamos a entrar no ar às 12h45min. Também percebemos outro equivoco: começar um programa na hora partida ou seja faltando 15 minutos para a hora cheia nunca foi bom negócio. Acertamos em cheio quando fiamos o horário das 13 horas. Já se vão 24 anos no ar.

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Com o tempo, os apresentadores foram mudando. Passaram pelo Debate Diário Carlos Eduardo Lino, Lauro Burigo, Flavio Roberto, Miguel Livramento, Renato Semenssati. Há 15 anos assumiu a cadeira de titular Rodrigo Faraco, que permanece até hoje. 

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Vários companheiros da casa participaram como convidados do Debate. Nomes expressivos do esporte brasileiro foram entrevistados. Já desbravamos fronteiras, apresentando o programa de Paris, da Coreia do Sul, do Japão, da Alemanha, da África do Sul e da Rússia, além da sala de imprensa do Maracanã e do Mineirão. Citar nomes agora certamente iríamos esquecer de alguém, pois foram muitos. 

Nesta quarta-feira (19) celebramos não só os 24 anos do Debate Diário, mas também sua liderança absoluta na audiência. Atualmente apresentado às 11 horas, o programa acabou criando um novo espaço para o futebol. 

O Debate Diário foi peça fundamental para o desenvolvimento do futebol catarinense. Em tempos de pandemia nos recolhemos ao home office. Antes disso saímos do estúdio, sim, mas para ficar mais perto do ouvinte e torcedor do futebol. 

O Debate foi apresentado de praça pública, mercado, centro de eventos entre outros locais. E para os que não acreditavam, o programa da CBN Diário virou referência do rádio esportivo de SC. 

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Obrigado a todos que participaram desta história!

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