Velha e eterna discussão. Hoje no Estado apenas Avaí e Figueirense protagonizam uma rivalidade forte, nascida a partir de 1924.Clássico é um confronto futebolístico de grande rivalidade jogado por duas equipes locais. 

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Há quem chame de clássico alguns confrontos que não ocorrem frequentemente e de cidades, estados ou países distantes, sem o encontro das torcidas rivais após o jogo. É possível admitir que sejam nominados clássicos jogos entre equipes importantes de um país, por exemplo.

Botafogo, na época de Garrincha, e o Santos de Pelé. Onde está a rivalidade? Os dois principais jogadores do Brasil se encontravam para definir quem era melhor dentro de um elenco de grande qualidade. Rivalidade? Uma torcida no Maracanã, a outra em Santos. Torcidas rivais? Por que?

Em Santa Catarina, a nova geração tenta rotular alguns grandes jogos de clássicos. Há sim em nosso Estado uma rivalidade de cidade contra cidade, como deve ter em outros estados. Levá-la para o futebol foi a forma encontrada para chamar alguns jogos de clássico, como Joinville x Figueirense, Criciúma x Avaí, cidades distantes, onde não há rivalidade local, nem o encontro das torcidas.

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HISTÓRIA

O Figueirense nasce em 1921. Parte da cidade queria outro time para estabelecer o encontro. Nasce o Avaí em 1923. Começa a nascer a rivalidade, que já dura quase um centenário. O primeiro jogo entre ambos já foi o recado do que significaria no futuro o jogo entre ambos. Clássico. Metade da cidade dividida. A cada jogo a torcida perdedora nem saia de casa no dia seguinte. Isso é clássico!

O CLÁSSICO
Nunca houve favorito qualquer que seja a situação. Já vimos de tudo em condições desfavoráveis de um ou outro. Provocações, declarações intempestivas, posição na tabela do campeonato, hoje em dia a internet tem sido usada para incitações, enfim, as duas torcidas estão na mesma cidade. Pode haver o encontro.

NO ESTADO

Tivemos clássicos de forte rivalidade e, quem sabe, um dos mais ferrenhos era o de Tubarão, o Ferro-Luz, como era denominado o duelo entre Ferroviário e Hercílio Luz. Dividia a cidade. Dia de preocupação para a Polícia Militar. Marcílio Dias x Almirante Barroso era outro clássico de muita rivalidade, em Itajaí. Caxias e América, em Joinville, Paysandu e Carlos Renaux, em Brusque, encontros que me dão muita saudade.

NO BRASIL

O clássico mais charmoso do país? Fla x Flu, um desfile de elegância e mulheres bonitas na tribuna de honra do Maracanã. O de maior rivalidade? Grenal, para mim, é o mais pesado, por conta das torcidas. O derby (palavra de origem inglesa) paulista, entre Palmeiras e Corinthians, hoje quem sabe seja o mais violento fora de campo. A isso chama-se clássico. As torcidas não podem se encontrar nas ruas, terminais, estação de trem, por conta da rivalidade local.

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O MOMENTO

Vamos vivenciar mais um deles. Terça-feira tem clássico. Hoje, lamentavelmente o único em Santa Catarina. Pior: tecnicamente nenhum dos dois vive um bom momento. Pouco importa. É clássico. Tem rivalidade em campo. Sem torcida, o que diminui um pouco o brilho da história de ambos. Quem viveu os velhos clássicos do futebol catarinense sabe o que representa Avaí x Figueirense.

Toque do Bob

> Este dirigente, que não se relacionava com o presidente da FCF, foi tido como herói até o dia seguinte. Osni Melo descobriu que ele mesmo havia contratado os torcedores para encenar a situação e fazer as pazes com o presidente. Era dia de clássico.> Em Tubarão, certa vez explodiram uma pequena ponte de madeira onde a torcida adversária teria de passar. Era o clássico.

> Em Itajaí, o narrador Lauro Soncini transmitiu um clássico com um torcedor dentro da cabine ameaçando-o com um revólver. O Cidadão dizia: “O que é que tu queres aqui se és da Capital? Diz aí, que Itajaí é muito mais bonita que a ilha. Fala, se não eu atiro”. E Soncini não perdeu tempo: “Torcida catarinense, que beleza esta cidade de Itajaí. Linda como nunca. E ainda falam de Floripa. Que nada. Itajaí superou a Ilha há muito tempo”.

> Osni Melo, presidente da FCF, foi assistir o clássico de uma determinada cidade. Quando subia as sociais do estádio aparecem dois ou três torcedores para agredi-lo. Surge o dirigente do time da casa, põe-se na frente e impede a agressão.

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