Neste mês de novembro, completam-se 15 anos do primeiro edital para a contratação das obras de duplicação da BR-280, no Norte do Estado. A luta pela ampliação da rodovia federal entre São Francisco do Sul e Araquari havia se intensificado após a BR-101 Norte sair da fila (duplicação havia iniciado em 1997) e a 280 era a prioridade da vez. A euforia com o lançamento da concorrência viraria decepção sete meses depois, com a revogação do certame, com relançamento na sequência. Viriam mais frustrações. Passada uma década e meia, ainda não é possível apontar quando a duplicação estará concluída nos 75 km previstos.

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O edital lançado em novembro de 2010 já previa a divisão das obras em três lotes. No entanto, a DNIT revogou a concorrência em julho, após impugnações de empresas ao edital. A nova licitação foi lançada em 2012 e foram escolhidas as empresas vencedoras para dois lotes, de Guaramirim e do contorno de Jaraguá do Sul. A concorrência do lote de Araquari e São Francisco foi relançada em 2013, e mais uma vez, acabou sendo revogada, já no início de 2014.

Naquele mesmo ano, saiu mais um edital para o lote 1, também revogado, logo após a publicação. Ainda em 2014, na quarta tentativa, foi concluída a concorrência para duplicar os 36 km entre Araquari e São Francisco – dentro desse segmento, está a ligação com o Porto de São Francisco do Sul a partir da BR-101. O lote 1 ainda estava longe de encerrar a sucessão de decepções.

As obras começaram em dois lotes em 2014, com perspectiva de conclusão no final da década, em prazo evidentemente não cumprido. O já conhecido lote 1 só teria início dos trabalhos em 2018, com paralisação em 2022, para revisão do projeto. Neste momento, o segmento de Guaramirim é o mais adiantado, com trechos duplicados liberados ao tráfego e conclusão das obras em meados de 2026. No lote do contorno de 24 km, a estimativa de entrega é dezembro de 2027, se os repasses de recursos forem correspondentes à demanda.

O lote 1 não tem previsão de conclusão, até porque as obras estão paradas. O DNIT lançou o edital para contratar a revisão do projeto, trabalho que deverá consumir 19 meses – só depois disso será possível reiniciar as obras nos trechos revistos. Ainda em novembro, há expectativa de nova licitação, para obras em dois pontos já iniciados do lote, o que deixará pronto quase metade dos 36 km. Mas o lote 1, no traçado integral, não há como precisar quando ficará pronto. Há 15 anos, o segmento era o mais lento para o trânsito na rodovia, condição mantida até hoje.

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