Com 1,2 mil quilômetros de extensão no Estado, apenas 210 quilômetros da Malha Sul estão em operação. O dado sobre a ociosidade da malha concedida em 1997 foi apresentado pela Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias em reunião da Fiesc sobre infraestrutura, nesta semana. A linha em uso fica entre Mafra e São Francisco do Sul, utilizada para a movimentação de grãos para o Porto de São Francisco do Sul. A pasta teme que os ramais sem uso, com mil quilômetros, não atraiam interessados nos leilões previstos para 2026, entre outras alegações, como maior dificuldade de interligação. Outra ferrovia em operação é a Tereza Cristina, com 163 km (a linha não faz parte da Malha Sul).
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A Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina não concorda com o fatiamento da Malha Sul, em posição compartilhada pelos demais Estados do Sul e pelo Mato Grosso do Sul (Codesul). Assim que a proposta começou a ser divulgada, em outubro, o secretário Beto Martins alegou que a divisão em lotes “não interessa” ao Estado.
O plano do Ministério dos Transportes é dividir a Malha Sul em três corredores, com dois deles com ferrovias em Santa Catarina. Os leilões estão previstos para o final de 2026. O temor do governo de Santa Catarina é de que nem todos os lotes atraiam interessados. Além disso, a fragmentação da malha pode trazer dificuldades para a integração com as novas ferrovias pretendidas pelo Estado, em fase de projetos – como o ramal entre Araquari e Navegantes e entre Chapecó e Correia Pinto, com conclusão dos trabalhos prevista para o primeiro semestre.
Outro pedido dos Estados do Codesul ao Ministério dos Transportes para a concessão da Malha Sul é a formação de corredor ferroviário que permite a ligação entre os quatros Estados por meio das ferrovias existentes e novos ramais, se necessário. Na próxima semana, a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias vai a Brasília novamente solicitar mudanças na proposta para a concessão.
Como foi dividida a Malha Sul
Cronograma do Ministério dos Transportes prevê edital até setembro, com leilão até dezembro de 2026
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