Após novo estudo sobre a proposta para a prorrogação da concessão da BR-101 Norte, a Fiesc vai insistir em mais obras na rodovia, principalmente em travessias urbanas. O levantamento apresentado nesta terça-feira, em evento sobre a Agenda Infraestrutura 2026, apontou lacunas nos investimentos previstos. O material será usado como subsídio nas tratativas da entidade empresarial com o Ministério dos Transportes, ANTT e Tribunal de Contas da União, onde a repactuação está em avaliação.

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O cronograma do ministério tem estimativa de lançamento do edital da otimização em abril de 2026, com leilão em julho. A prorrogação vai incluir mais 15 anos no contrato, com a duração passando de 2033 para 2048. A prorrogação é uma forma de inclusão de mais obras na concessão com duração maior do contrato, para diluição dos investimentos na tarifa.  

No ano passado, após análise da proposta original de repactuação da concessão da BR-101 Norte, com trechos nas BRs 376 e 116 (segmento entre Grande Florianópolis e Curitiba), a Fiesc havia considerado o pacote de obras como “insuficiente”. Agora, o estudo elaborado pelo engenheiro de tráfego, Lucas Trindade, levou em conta a proposta em avaliação no TCU. O acesso à lista de investimentos foi solicitado ao tribunal pela Fiesc.

No conjunto, são 205 obras, entre faixas adicionais, vias marginais, viadutos, retornos e passarelas, entre outras. O túnel do Morro dos Cavalos está previsto, mas há análise sobre a possibilidade de inclusão na concessão da BR-101 Sul. O portfólio de obras foi considerado robusto, mas que não cobre adequadamente os piores gargalos, criando lacunas, conforme a avaliação. A defesa da Fiesc é de “repriorização” para áreas de maior impacto, em referência às travessias urbanas.

As travessias são nas regiões de Joinville, Itajaí/Balneário Camboriú e Grande Florianópolis. São locais onde já há saturação no trânsito. As faixas adicionais e as vias marginais estão na lista de solicitações.  Além de mais obras nas travessias urbanas, inclusive para pedestres, houve defesa de prazo maior na repactuação, para até 30 anos, como forma de diluir os investimentos em maior prazo.

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