O controle biológico poderá ser a nova arma de prevenção da dengue em Joinville. No início de março, uma equipe da Secretaria de Saúde terá videoconferência com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, para avaliar se a cidade catarinense poderá fazer parte do projeto de redução da capacidade de transmissão de doenças pelo mosquito Aedes aegypti.
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A estratégia está nos planos da secretaria desde 2019. Mesmo que a iniciativa venha a ser adotada, será uma atividade complementar – as demais ações de enfrentamento são mantidas. Em 2020, Joinville registrou onze casos autóctones (contraídos no município) de dengue. Há 23 casos suspeitos aguardando o resultado dos exames. No ano passado, foram quatro casos autóctones.
O método “Wolbachia” já vem sendo emprego, com sucesso, em cidades do Estado do Rio de Janeiro. Municípios de outros Estados se preparam para receber o programa. Os ovos dos mosquitos recebem o microorganismo em laboratório, o que reduz a possibilidade de transmissão de doenças. Os Aedes são liberados e seus descendentes mantêm o Wolbachia no organismo. Não há nenhuma alteração genética – o Wolbachia é presente na maioria dos insetos, mas não no Aedes. Se Joinville se encaixar no programa, há pretensão de adoção do método ainda em 2020. Ou seja, é uma ação a médio prazo, pelo menos.
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