O novo projeto de duplicação da BR-280 terá peso no futuro da infraestrutura do Norte do Estado. Além de tratar da ampliação da rodovia com maior gargalo na região, o trabalho vai projetar a travessia do canal do Linguado por meio de ponte, estrutura fundamental para eventual futura reabertura do aterro; analisar a possibilidade de novo traçado na região mais urbanizada de Araquari e traçar as diretrizes para ciclovia de 38 km de extensão. O projeto será para o segmento entre São Francisco do Sul e Araquari, com intervenções complementares no lote seguinte, em Guaramirim. No conjunto, são 51 km de extensão.

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Obras do lote 1 estão paradas desde o final de 2022

Apesar de complexo e abrangente, o projeto não vai contemplar os trechos com obras iniciadas em 2018 e paralisadas em 2022, como o contorno de São Francisco do Sul e a viaduto do Instituto Federal Catarinense: nesses casos, a retomada virá por contrato específico, ainda a ser licitado (o edital tem previsão de ser lançado ainda neste mês). A concorrência do projeto lançado nesta semana é para as obras remanescentes.

Como a licitação ainda está na fase inicial e projeto terá 19 meses para ser elaborado e, depois desse prazo, será preciso preparar a licitação para as obras, os investimentos a serem projetados só poderão começar a sair do papel a partir de 2028. Com os atrasos no passado, o projeto anterior, com mais de 15 anos, foi considerado obsoleto, por isso a nova contratação. Os avanços, no entanto, serão na incorporação da ponte do Linguado, ciclovia, eventual atualização do traçado e mais viadutos.

A BR-280 é o único acesso rodoviário à região portuária de São Francisco do Sul, que está ganhando o segundo porto, o Terminal de Granéis de Santa Catarina, em fase de testes. A rodovia é eixo de empresas industriais e de logística nas cidades de São Francisco do Sul, Araquari, Guaramirim e Jaraguá do Sul, para delimitar o perímetro da duplicação. Pelo cronograma original, a duplicação entre São Francisco do Sul e Araquari era para estar pronta no final da década passada. O novo projeto atualiza as demanda que surgiram com a passagem do tempo.

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