O custo anual do Hospital Municipal São José está em R$ 371 milhões, com a prefeitura de Joinville se encarregando de fatia em torno de 75%. O restante fica com os governos federal, com 17%, e estadual, com 8%. Os dados sobre o custeio foram apresentados nesta semana, em reunião na Câmara de Vereadores para debater a estadualização do hospital. A possibilidade de o São José contar com gestão estadual está em avaliação por meio de grupo formado em outubro por representantes da prefeitura e do governo do Estado, sem prazo para a conclusão dos trabalhos.
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O hospital administrado pela prefeitura conta com 1.791 servidores (dado de setembro de 2025), com folha de pagamento de R$ 271 milhões (montante anual, de 2024). O governo Adriano Silva pretendia mudar o modelo de gestão, inclusive contratou a Fipe para preparar a adoção de organização social na administração, mas não levou a proposta adiante. Mas a possibilidade de organização social assumir a gestão em caso de estadualização está em análise pelo grupo de trabalho.
A estadualização é improvável a curto prazo (o Estado administra três hospitais na cidade) e, mesmo que venha a ocorrer mais adiante, será gradativa, até que o Estado tenha garantia orçamentária para bancar os custos). Eventual estadualização, com organização social na gestão, não muda a manutenção dos atuais servidores, que permanecem no hospital ou outra unidade municipal de saúde até a aposentadoria.
A prefeitura defende a estadualização, há décadas, com as alegações de que o hospital presta atendimento regional e a alta complexidade seria tarefa do Estado – e da União. O custo bancado pelo município é considerado excessivo, provocando déficits em outras áreas, como a pavimentação, por exemplo.
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