Mais de três décadas depois do encerramento da última linha regular, o transporte de passageiros por meio de trens em Joinville continua sem nenhuma perspectiva de retomada. Tanto para viagens para outras cidades, como já ocorreu; quanto para deslocamentos urbanos, como nas modalidades de VLT, por exemplo, serviço nunca oferecido. Neste momento, não há iniciativa em andamento, nem mesmo a longo prazo.
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
A linha entre Corupá e São Francisco do Sul, com escalas em outras cidades, como Joinville, foi desativada em 1991 porque a preferência passou a ser o transporte de cargas. E a procura pelos passageiros vinha caindo, com as melhorias nas condições das estradas e o avanço da frota de veículos. Foi o fim das antigas litorinas. A ferrovia foi concedida à inciativa privada em 1997, e desde então, é usada para transporte de grãos para o Porto de São Francisco do Sul. Há passeios turísticos, na região do Planalto Norte.
Em 2021, a prefeitura de Joinville perguntou ao Ministério dos Transportes se a ferrovia poderia ser usada para transporte de passageiros, em deslocamentos urbanos e para outras cidades. Foi uma consulta genérica, pois não havia nenhum projeto para essa modalidade. A resposta foi de que o tema poderia ser apresentado na discussão sobre a renovação da concessão da Malha Sul.
Continua depois da publicidade
Portanto, o momento é agora, já que o governo federal recentemente montou grupo de trabalho para definir proposta para a prorrogação da concessão da Malha Sul, com atual contrato a vencer em 2027. No entanto, o foco deverá continuar no transporte de cargas. As possíveis rotas na região de Joinville para transporte de passageiros por trens foram analisadas pela Infra, empresa de planejamento do Ministério dos Transportes. A avaliação foi nacional, de quais trechos teriam viabilidade para transporte de passageiros.
As ligações envolvendo Joinville examinaram diferentes traçados. Após aplicação de critérios, restaram os trechos de conexão de Joinville com Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul e Mafra, além de Curitiba. A existência de linha férrea é um dos principais critérios. Os ramais não chegaram a ser escolhidos para a contratação de estudos finais de viabilidade.
Se sair a ferrovia entre os portos de São Francisco do Sul e Itajaí/Navegantes, cujo projeto executivo está em andamento, aumentam as chances de que o trajeto venha a ser usado para o transporte de passageiros, ainda que o foco seja o transporte de cargas. Mas se trata de uma ferrovia de 62 km, com custo estimado em R$ 1,5 bilhão – se sair, será em longo prazo. Assim como a volta dos trens de passageiros.
Nova rodovia litorânea de SC, com 145 km, tem “largada” em projetos
Gestão de hospital público em Joinville atrai interesse de onze entidades; edital ainda sem previsão
Mesmo com projeto e anúncios, duplicação em Joinville continua na fila
Como avanço do emprego “ajuda” na expansão dos planos de saúde em Joinville
VÍDEO: Como é a construção da ponte de quase R$ 400 milhões no PR; obras chegam a 32%
Justiça derruba lei polêmica de Joinville sobre “displays” de radares
Vias marginais da BR-101 viram tema em reuniões em Brasília por motivos diferentes