Localizada às margens da Lagoa da Serra, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, a Cachaçaria Pura Brasil produz bebidas artesanais que se tornaram um atrativo turístico da cidade. O hobby familiar, que é passado de pai para filho, aos poucos vai se tornando um empreendimento que faz parte das rotas de visitação da Cidade das Avenidas.

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Renan Machado, um dos proprietários, conta que o local foi fundado em 1990 pelo avô Raulino Machado junto ao filho José Carlos — pai de Renan. Segundo ele, o gosto do avô por caipirinhas foi o grande motivo para a fundação.

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— Aí surgiu o interesse de descobrir como era feita a fabricação. Logo após o início das atividades, o gosto pelo bom produto foi evoluindo até chegar na extrema qualidade que se tem nos dias de hoje — relata Renan.

Desde o surgimento, a fabricação da cachaça é totalmente artesanal, com canas de açúcar plantadas pela família. O caldo de cana passa por fermentação, se tornando álcool. Após condensação e outros processos feitos no alambique de 460 litros, a cachaça vai para os barris de envelhecimento.

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— O barril tira a acidez e passa os aromas da madeira para a bebida. Hoje, 90% da nossa cachaça é de carvalho escocês, um pouco de carvalho francês e bálsamo. Porém, para ser de fato uma cachaça brasileira, precisávamos de uma madeira local. Por isso escolhemos a amburana — explica.

As variedades produzidas

A cachaçaria conta com diversas bebidas e produtos feitos no local. As queridinhas do público são as cachaças envelhecidas de carvalho, amburana e bálsamo, que podem chegar a 10 anos, no caso do carvalho. Já as cachaças brancas, são comumente procuradas por turistas do Norte e Nordeste brasileiro.

Entre os licores, a Pura Brasil produz os sabores de limão siciliano e mel, de laranja, figo, café, limoncello, além de mel e canela. Atualmente a produção ainda é de pequeno porte, mas deve aumentar em 10 vezes nos próximos anos, isso porque, a cachaçaria pretende se adequar ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

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— A gente vislumbra um aumento de produção, mas com muito cuidado, porque normalmente uma grande produção acaba trazendo uma baixa de qualidade. A gente pensa primeiro na qualidade e depois na produção. A ideia é que o negócio vá passando de geração em geração — completa Renan.

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