Uma pequena cidade de 3,6 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina abriga uma cratera rara e histórica. A área urbana da cidade, na verdade, fica na borda da cratera, resultado do impacto de um asteroide, que caiu na região há 80 milhões de anos. São 12 quilômetros de diâmetro, que revelam um passado distante, de quando dinossauros ainda habitavam a região. As informações são do g1 SC.
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Álvaro Penteado Crósta, pesquisador do tema e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que o asteroide que atingiu a região tinha 550 metros de diâmetro, e o impacto da queda foi o equivalente a 500 mil bombas nucleares como a que devastou Hiroshima.
Isso, no entanto, só foi comprovado graças a estudos que começaram há 47 anos. “O Domo de Vargeão”, como, como a cratera é chamada, está na lista da Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (Sigep), órgão vinculado ao Governo Federal.
— Crateras são raras aqui na Terra. Elas existem, na Lua, em Marte, mas aqui elas não sobreviveram aos processos geológicos, à erosão, sedimentação, movimento das placas tectônicas. As cerca de 200 que existem são sítios de interesse geológico que representam um pedacinho da evolução da história do nosso planeta — explica o professor.
Cratera desperta curiosidade de pesquisadores estrangeiros
Diversos geólogos visitaram a cidade de Vargeão no final de junho para observar e aprofundar os estudos sobre as crateras da região, que se assemelham a formações rochosas coletadas nas missões lunares da NASA.
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Segundo a prefeitura da cidade, a comitiva de pesquisadores contava com Álvaro Penteado Crósta, geólogo e pesquisador reconhecido internacionalmente, Professor Gabriel Silva (SP) e dois geólogos italianos, Gabrielle Giulli e Valeria de Santis. Os pesquisadores foram recepcionados pelo prefeito Amarildo Paglia, que acompanhou a agenda de visitas científicas no município.
A equipe visitou o Museu de Vargeão e outros pontos estratégicos utilizados para análise geológica, como formações rochosas no interior do Domo, áreas de afloramento e marcos naturais da cratera, uma das únicas de impacto preservadas no Brasil.
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De acordo com a prefeitura da cidade, a relevância geológica da cratera atrai olhares de todo o mundo, por causa de suas formações rochosas que se assemelham às coletadas nas missões lunares da NASA: “Esse paralelo desperta o interesse direto de cientistas que buscam compreender a origem e composição de materiais extraterrestres”.
— É sempre uma alegria voltar a Vargeão e testemunhar o interesse crescente que essa cratera desperta na comunidade científica mundial. O município é um verdadeiro laboratório a céu aberto — destacou o professor Álvaro Crósta.
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Já o prefeito da cidade, Amarildo Paglia, considerou a visita como um marco importante para a valorização da ciência e do patrimônio natural do município.
— Receber pesquisadores desse nível comprova a grandeza do nosso território, não só em beleza, mas em riqueza científica. Estamos de portas abertas para a pesquisa e para o desenvolvimento do turismo científico e educacional — afirmou.
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