Sandy estreou novo clipe com Vitor Kley, revelado com exclusividade a jornalistas na última semana. Ela iniciou a turnê “Nós, Voz, Eles 2”, que passa por Florianópolis no dia 23 de setembro. Em entrevista coletiva, a cantora contou mais sobre o álbum, processo de criação e a exposição na mídia.

Continua depois da publicidade

Saiba como receber notícias do DC no Telegram

O projeto “Nós, Voz, Eles” está na segunda edição, a primeira aconteceu em 2018. A cantora explica que quis mostrar o processo da música antes de chegar ao público e fazer isso junto com outros artistas. Por isso, desde o início do projeto, ela recebe cada convidado em sua casa, mostra detalhes da gravação, composição e ajustes. Para Sandy, a experiência vai além os bastidores. 

— A ideia é mostrar o clima, como é estar com o colega cantando, o nosso processo todo de fazer os arranjos, pensar cada notinha, instrumento — comenta. 

Eleições 2022: guia mostra tudo o que você precisa saber

Continua depois da publicidade

Para exibir cada detalhe do processo, uma websérie é publicada no YouTube. Na primeira edição foram oito convidados. Na que está sendo divulgada neste momento, já são três artistas e ainda passarão outros três. Com cada convidado Sandy grava um clipe e uma conversa sobre bastidores, composição e encontro. O destaque até o momento é a música “Leve”, com Wanessa Camargo, que reviveu boatos antigos de que as duas seriam inimigas. E elas fazem questão de mostrar que não, inclusive, são bem amigas.

Com direção artística de Sandy, direção musical de Lucas Lima e direção geral de Douglas Aguillar, a série de vídeos permite ao espectador participar de todo processo junto com os artistas. Além disso, os fãs podem matar a curiosidade de conhecer um pouco da casa e o estúdio da cantora, que está localizado em Campinas (SP). 

Em entrevista coletiva, ela falou sobre o projeto. A reportagem participou do evento para saber mais sobre a turnê, música e vida da artista. Confira:

Nos vídeos, vocês falaram de um camping que os artistas ultimamente têm feito com os compositores. Como foi esse processo?

Continua depois da publicidade

A gente fez pela primeira vez esse camping de composição, nunca tinha feito. Já é uma prática lá nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil vem começando. Eu como sou compositora, e muito com o Lucas, principalmente, ele é meu parceiro mais fixo nas composições, nunca tinha feito. A gente compõem a hora que dá, nas viagens. Se bem que depois que eu tive filho, eu tenho que marcar hora para compor. A gente se fechava no estúdio e deixava o Théo com avô/avó e a gente fazia só nós. Aí esse ano eu estava com o prazo super apertado, porque marquei a turnê, e marquei esse camping para ver se conseguia agilizar esse processo.

Dez destinos perfeitos para assistir o pôr do sol

Chamei quatro compositores, o Mike Tulio e o Guto Oliveira, da OutroEu, a Bibi e Bárbara Dias. São pessoas com quem existe afinidade, que gosto do estilo. Foram quatro músicas que nasceram deste camping, todas começaram com um poema meu. A galera ia pegando ideia, a gente ia ouvindo aquilo, parece que a inspiração, quando a gente obrigada, ela vem. As ideias começam a fluir. Meu medo era abrir para outras pessoas entrarem no meu processo, e não ficar com a minha cara. Mas, super deu certo.

De onde veio a ideia de cada música, a inspiração?

Eu escrevo sobre os meus sentimentos, às vezes escrevo até sobre coisas. Então, tem músicas que são mais autobiográficas, mas gosto de misturar. Nunca revelo muito, desta maneira eu me protejo. Aí nunca ninguém vai saber o que é verdade e o que não é. Não foi diferente esse processo, tem duas músicas que já tinha começado com o Lucas antes. “Amor não testado”, gravada com Amário Freitas, foi uma música só nossa. Ela veio de um poema que fiz em 2018, comecei a desenvoler a música em 2020 e aí veio a pandemia e deixamos tudo de lado. Aí terminamos esse ano, quando já tinha o disco em mente.

Barbados: conheça as belezas da terra da Rihanna

Tem outra que não é minha, mas poderia ser. A “De Cada Vez”, feita pelo Edu Tedeschi, ganhou um sentido muito especial. Poderia ser autobiográfica, foi um momento pessoal que passei, muito triste. Me despedi de uma grande amiga, minha comadre, e essa foi a última música que eu mostrei pra ela, antes dela partir. Então, ela ganhou esse significado pra mim. Toda vez que canto, eu me emociono muito. 

Continua depois da publicidade

Você é uma pessoa bem reservada. Como foi a experiência de receber as pessoas na sua casa e com tudo filmado?

Faço isso como um projeto meu, e chamo o Douglas Aguilar, que é um ótimo diretor e também é meu amigo. Ele fazia parte do programa Sandy e Junior. Ele traz a equipe que já conheço, essas pessoas vem ao estúdio, que é separado da minha casa, e eu me sinto confortável porque sei que isso está tudo na minha mão. Depois se tiver algo que eu me sinta muito invadida, ou que eu não queira dividir com o resto do mundo, eu não vou deixar ir para a edição, porque é uma escolha minha. É muito bom que seja ele, porque eu esqueço que tem câmera. Então dá pra ser super natural, descontraído, sem posar, sem se preocupar. Tanto que o Théo, meu filho, que eu preservo das câmeras, ele desce lá, passa por lá, até apareceu de costas na edição 1. Acontece de um jeito muito leve e eu fico segura com esse formato.

Egito Antigo: maravilhas e mistérios nos reinos Faraós

Para muita gente é difícil de entender a minha necessidade de me preservar. No mundo de hoje, em que está tudo tão exposto, tem redes sociais, se filma o dia inteiro, se posta o dia inteiro, e tá tudo bem com elas, porque não se sentem mal com isso. Eu me sentiria. Eu sofri coisas que não me fizeram bem durante fases muito tensas da vida, quando a gente ainda é adolescente, passando por transformações importantes na vida, no corpo, na vida social. Quando a gente é tão nova, isso deixa uma marca. Eu encontrei o meu jeito de poder continuar minha carreira, mas de um jeito que eu tenha a minha intimidade preservada. 

Como surgiu a faceta de direção artística, sendo também compositora e cantora?

Eu saí muito nova da minha primeira carreira, a dupla Sandy e Júnior, que teve 17 anos. Apesar da longa carreira, eu era muito nova, tinha 24 anos quando terminou. Então, eu fui me desenvolvendo como artista neste tempo, eu e meu irmão. Nos últimos anos, meu irmão já estava muito envolvido na produção musical e eu participava também, só que menos, porque não me sentia tão a vontade e nem tinha necessidade. Achava que ele fazia muito bem essa parte, eu ouvia e falava: “gostei”. Aí na minha carreira solo foi um movimento natural que veio de direcionar tudo. Então, é desde uma sessão de fotos até produção musical, como vamos lançar, um show. 

Continua depois da publicidade

Como foi a parceria com a Wanessa Camargo?

Foi uma grande novidade para as pessoas, não esperavam isso. A gente é amiga já há bastante tempo, mas não sei se as pessoas tinham essa dimensão. Como já existia essa comparação no passado, uma falsa richa criada. Parece que tem que ter contrapeso, colocar mulher para brigar. Que coisa do passado! Então, hoje a gente tem a ferramenta na mão, das redes sociais, e projetos como esse ajudam a dismistificar. Foi bom para mostrar que mesmo sendo artistas muito diferentes, tem um lugar na música em que podemos nos encontrar. Achei muito lindo. Foi um encontro super feliz.

Qual o segredo de não vazar nada do projeto?

Para segurar a coisa e não vazar é quase impossível, nos dias de hoje. A gente pede com muita educação e respeito para que as pessoas não postem nada, tentamos ficar de perto, ficar de olho. Não existe uma intenção por trás, existe apenas uma vontade de preservar para que a gente consiga fazer o lançamento do jeito que a gente quer, do jeito que a gente acredita. Quando a gente pensa um projeto, pensamos em tudo, desde a concepção, parte musical, até como será lançado. São muitos detalhes. A gente gostaria muito de ter esse controle e fazer tudo bonitinho até o fim. 

Sete praias bonitas para conhecer no Brasil

Para finalizar a entrevista, Sandy comenta que não pretende extender as datas dos shows, pois está em um ritmo mais lento. Ela afirma que pretende passar mais tempo com a família. Sandy finaliza com uma mensagem inspiradora: “Sempre fui tentando sonhar e realizar, não guardo nada”. 

A turnê “Nós, Voz, Eles 2” iniciou em São Paulo, na última quinta-feira (18). A cantora passa por Florianópolis no dia 23 de setembro, na Stage Music Park. Os ingressos estão à venda aqui e assinantes do Clube NSC têm desconto. 

Continua depois da publicidade

Veja novo clipe de Sandy e Vitor Kley:

Veja também:

Confira cinco lançamentos da Netflix em setembro

Boteco Zé Mané comemora 11 anos com 11 horas de festa neste sábado

Oito destinos brasileiros para conhecer em um fim de semana