O União Brasil decidiu pela expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, da sigla. A decisão desta segunda-feira (8) foi tomada pelos dirigentes do partido em votação secreta, que teve 24 votos favoráveis pela saída de Celso. As informações são do g1.

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A compreensão da executiva nacional foi de que houve “infidelidade partidária” por parte do ministro, já que ele não seguiu uma ordem da legenda e continuou à frente do ministério. O partido, em crise com o governo Lula, decidiu que os filiados deveriam deixar cargos dentro da gestão de Lula (PT) até o dia 19 de setembro.

O descumprimento seria considerado infração disciplinar, alertou a sigla na época. Celso Sabino é deputado federal licenciado pelo Pará e chegou a anunciar que deixaria o ministério, e entregou uma carta de demissão ao presidente. Contudo, recalculou a rota depois de alguns dias.

Ele tentou negociar a possibilidade de seguir no ministério e também no União Brasil. Já em outubro, por conta do desgaste entre o ministro e a cúpula do União Brasil, ele foi afastado de cargos e decisões nas estruturas administrativas do partido, além de ser destituído do comando do diretório paraense.

Segundo aliados, a mudança ocorreu por conta do cálculo eleitoral de 2026, já que Sabino tem intenção de disputar uma vaga no Senado pelo Pará. O ministro acredita que com o apoio de Lula e a visibilidade das ações ligadas à COP30 sua candidatura seria fortalecida.

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O que acontece com Celso Sabino após expulsão

Celso Sabino se filiou no União Brasil em 2021 e esteve nos órgãos de comando da sigla, chefiando o diretório estadual do Pará e sendo membro da executiva nacional. Foi eleito deputado federal em 2022 e se afastou do mandato para exercer o cargo de ministro.

A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica que, por ter sido expulso pela direção partidária, Sabino não perderá o mandato parlamentar, e poderá se filiar a outro partido.

O ministro já indicou que deve seguir na pasta até o limite de desincompatibilização, prazo em que detentores de cargos públicos precisam deixar as funções para disputar as eleições. Esse prazo se encerra em abril do próximo ano.