O advogado Luiz Fernando Pacheco foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (2), no bairro Higienópolis, região nobre de São Paulo. Ele estava há três dias sem dar notícias a amigos e familiares. As informações são da coluna da Mônica Bergamos, da Folha de S. Paulo.
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O boletim de ocorrência diz que, quando os policiais chegaram ao local, ele estava “desfalecido” no chão, sendo socorrido pelo SAMU. Uma testemunha informou aos agentes que “viu um homem passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar”, e acionou a polícia.
O advogado foi levado de ambulância ao Pronto Socorro da Santa Casa, mas não resistiu. A polícia investiga as circunstâncias da morte.
Pacheco estava sem documentos. Por isso, a identificação só foi possível após um exame papiloscópico realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, segundo a polícia.
— Perdemos um advogado brilhante, defensor das boas causas, amigo de todos. Dedicou sua vida com paixão, energia, ética e boa fé ao direito de defesa e às prerrogativas dos cidadãos. A ordem está em luto profundo — disse presidente da OAB de SP, Leonardo Sica.
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O advogado estava desaparecido de grupos de mensagens desde a terça-feira (30). A polícia já havia sido acionada.
Quem é Luiz Fernando Pacheco?
Pacheco foi um dos fundadores do grupo Prerrogativas, que se manifestou nas redes sociais por meio do coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho: “Estamos em luto. Ele era um dos advogados criminalistas mais brilhantes do país, da escola de Marcio Thomaz Bastos. Combativo, solidário e muito generoso, estava vivendo um momento muito feliz de sua vida, com a reconstrução do país, com a participação na gestão reeleita da OAB de SP e com participação ativa no grupo Prerrogativas. É uma perda muito significativa para toda a advocacia e para a sociedade brasileira”.
Ele atuava há mais de 20 anos na esfera penal. Pacheco iniciou a carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, em 1994. Em 2000, se tornou sócio do advogado, atuando em grandes casos como o do mensalão, onde defendeu José Genoino.
Segundo o perfil do advogado, “até o ano de 2013, [Pacheco] militou ao lado de grandes nomes da advocacia, tais como: Sônia Cochrane Ráo, Dora Cavalcanti, Sandra Pires, Camila Nogueira Gusmão Medeiros, Ana Lúcia Penón e Marina Chaves Alves”.
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Também diz que “em 2013, fundou o escritório que leva seu nome, que conta com as parcerias de sempre, mas atua de forma autônoma e independente. O escritório, pequeno como devem ser os bons escritórios de advocacia criminal, conta com excelentes profissionais que atuando com dedicação, observam o mais alto nível de rigor técnico e ético necessários à boa prestação da advocacia criminal”.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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