Os aluguéis de imóveis por meio da plataforma Airbnb movimentou R$ 4,7 bilhões em Florianópolis ao longo de 2024. A informação é de um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), contratado pela empresa. O volume de recursos é atribuído ao potencial turístico da cidade, que ao longo do ano recebe visitantes por conta do verão, das praias, atrativos turísticos, compromissos de trabalho e outras motivações.
Continua depois da publicidade
O levantamento aponta também que o Airbnb adicionou R$ 2,6 bilhões ao PIB de Florianópolis no ano passado, com geração de R$ 1,3 bilhão em renda e R$ 389,8 milhões em tributos diretos. Além disso, o estudo mostra que os negócios firmados por meio da plataforma teriam ajudado a sustentar 29,1 mil postos de trabalho na cidade.
Na prática, segundo a plataforma, as reservas resultam em diversas atividades que geram renda para outros setores, como corridas de transporte até Jurerê a um almoço no Mercado Público. No recorte nacional, o estudo da FGV calcula esse efeito multiplicador: a cada R$ 10 gastos por hóspedes durante a estadia, outros R$ 52 circulam em setores como alimentação, transporte, comércio e lazer.
— Florianópolis é um destino turístico importante para o Brasil e precisa de opções diversificadas de estadia para equilibrar alta temporada e qualidade. A locação por temporada via Airbnb complementa a oferta, distribui o fluxo de visitantes e gera oportunidades para a economia local — afirma a diretora-geral do Airbnb para a América do Sul, Fiamma Zarife.
Veja fotos aéreas de Florianópolis
A força de Florianópolis também aparece no panorama do Sul: em 2024, a região movimentou R$ 22,1 bilhões com a atividade via Airbnb, o que reforça a importância do turismo distribuído por novos e tradicionais destinos. Na prática, o valor movimentado em Florianópolis representa cerca de um quinto de toda a movimentação no Sul do país.
Continua depois da publicidade
Em agosto deste ano, a prefeitura de Florianópolis e o Airbnb firmaram um acordo para aprimorar políticas públicas de turismo. O Airbnb terá como responsabilidade compartilhar informações de inteligência de mercado, de forma agregada e anônima, com base nos dados registrados na plataforma. Esses dados serão utilizados pela prefeitura para auxiliar no planejamento, execução e monitoramento das políticas públicas municipais de turismo. A iniciativa tem como objetivo fortalecer o desenvolvimento econômico local e incentivar um turismo responsável na cidade.
Impacto econômico no Brasil
Em todo o país, o Airbnb impulsionou o movimento de R$ 99,8 bilhões na economia em 2024, o que contribuiu para sustentar 627,6 mil empregos e gerar R$ 8 bilhões em tributos diretos. Além disso, a atividade da plataforma contribuiu com R$ 55,8 bilhões para o PIB do Brasil.
Os resultados do estudo da FGV foram calculados pela metodologia de insumo-produto, partindo dos gastos efetivos de hóspedes e anfitriões e estimando como esse dinheiro circula entre os demais setores da economia.
Com esse rastreamento, a FGV estima que, em 2024, a atividade via Airbnb gerou R$ 28,3 bilhões em renda para profissionais e negócios no Brasil. O impacto se concentrou em serviços (57,9%) e comércio (24,8%). Na prática, o gasto que começa na reserva de uma acomodação via Airbnb chega ao restaurante do bairro, ao transporte local e ao lazer, uma engrenagem capilar que acompanha o fluxo de hóspedes e faz o dinheiro circular.
Continua depois da publicidade
O Airbnb tem atualmente mais de 5 milhões de anfitriões que já receberam mais de 2 bilhões de hóspedes em quase todos os países do mundo. Todos os dias, os anfitriões oferecem acomodações e experiências que possibilitam que os viajantes conheçam outras comunidades.
Assunto é alvo de projeto de lei na Capital
O assunto de hospedagem por Airbnb é alvo de um projeto de lei em discussão na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Na semana passada, uma audiência pública discutiu regras para esse tipo de atuação na cidade.
O texto, de autoria da vereadora Carla Ayres (PT), propõe normas como criação de um cadastro municipal de anfitriões e imóveis, alvará de licença para operação desses imóveis e manutenção dos documentos dos hóspedes por pelo menos 90 dias. A proposta ainda está em discussão no parlamento.









