Nos últimos cinco anos, Florianópolis registrou 95,77% de aumento do aluguel residencial, segundo o índice FipeZap+. Entre as 11 capitais pesquisadas, a Ilha de Santa Catarina foi a que teve maior variação desde 2017 até janeiro de 2023.
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O preço médio do metro quadrado em Florianópolis é de R$ 39,79, de acordo com o último boletim divulgado. Somente no primeiro mês do ano, houve aumento de 30,97% na locação residencial em relação a dezembro de 2022.
Nos últimos três anos (2021, 2022, 2023), a capital catarinense teve o segundo maior aumento, perdendo apenas para Goiânia. Além disso, Florianópolis é uma das quatro capitais com alta em todos os anos desde 2017, ao lado de Brasília, Belo Horizonte e Recife.
Veja quanto foi o aumento do aluguel nas capitais
- Florianópolis: 95,77%
- Curitiba: 84,61%
- Goiânia: 83,79%
- Recife: 69,18%
- Belo Horizonte: 62,82%
- Fortaleza: 56,37
- Salvador: 46,03%
- São Paulo: 43,61%
- Brasília: 41,71%
- Porto Alegre: 31,75%
- Rio de Janeiro: 30,87%
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Por que o aluguel ficou tão caro em Florianópolis?
A região da Grande Florianópolis tem atraído cada vez mais moradores pelas belezas naturais e qualidade de vida, especialmente nos últimos anos, quando o home office criou a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar.
Com isso, tem crescido a procura por imóveis na região, mas a oferta não acompanha a demanda, como explica o vice-presidente do sindicato da habitação, que representa as empresas de comércio e serviços imobiliários, shopping centers e condomínios (Secovi) de Florianópolis/Tubarão, Marcos Alcauza.
Segundo ele, há uma “baixa produtividade dos terrenos”, o que significa, que são construídos prédios com poucos pavimentos, como determina o Plano Diretor. Além disso, a demora na aprovação de projetos, reduz os investimentos.
— A maioria das nossas áreas disponíveis tem baixa produtividade, tem seis, quatro, alguns até três pavimentos. Tinha que subir para 12. Por exemplo, Itapema tem média de 30 pavimentos, Balneário Camboriú chega a 100. Não é necessário chegar nessas cidades, porque acho um exagero, mas é necessário aumentar a produtividade — explica.
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