O governo de Israel confirmou nesta terça-feira (9) que realizou um ataque aéreo em Doha, capital do Catar, contra membros da alta cúpula do Hamas. Segundo o porta-voz do Exército israelense, a operação foi conduzida pela agência de inteligência Shin Bet em parceria com a Força Aérea, utilizando munições de precisão para atingir os alvos durante uma reunião do grupo. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
De acordo com a imprensa israelense, um dos principais alvos era Khalil Al-Hayya, negociador-chefe do Hamas nas tentativas de acordo de paz com Israel. Fontes, no entanto, disseram à agência Reuters que a delegação presente em Doha não foi atingida.
O Catar, que vinha atuando como mediador nas negociações entre Israel e Hamas, classificou a ação como uma “violação flagrante das leis internacionais” e anunciou a suspensão temporária da mediação. O chanceler catariano chamou o ataque de “ato covarde” e afirmou que uma investigação será aberta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também se posicionou. O secretário-geral António Guterres declarou que o ataque constitui uma “violação da soberania territorial flagrante” e pediu moderação às partes envolvidas.
Segundo o canal israelense I24, os Estados Unidos foram informados previamente sobre a ofensiva e deram luz verde para realização. Após o ataque, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para cidadãos norte-americanos no país. Apesar disso, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a operação foi “totalmente planejada e executada” por Israel, que assume “total responsabilidade”.
Continua depois da publicidade
O ataque ocorre um dia após tiros em um ônibus em Jerusalém, que deixou seis mortos. O Hamas reivindicou a autoria do atentado, intensificando ainda mais o clima de tensão. Em resposta, Israel prometeu uma ofensiva massiva sobre a Faixa de Gaza, lançando panfletos pedindo que civis deixem a região.
*Sob supervisão de Luana Amorim
Leia também
Barco de flotilha com ativista brasileiro e Greta Thunberg é atingido por drone na Tunísia