Até aquela noite de sexta-feira, dia 14 de outubro de 2016, mais de 200 mil pessoas já haviam passado pelos pavilhões da Vila Germânica. As chances de esbarrar em alguém que viria a se tornar um parceiro para a vida toda, convenhamos, eram quase nulas. Pelo menos foi o que pensou a indaialense Larissa Vogel Link. Mas foi em meio à multidão da Oktoberfest de sete anos atrás que ela encontrou o atual marido.
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Os dois escolheram se casar em 2023 e a data marcou uma “viagem no tempo” ao casal, já que ambos decidiram viver o tão esperado “sim” no mesmo dia em que tudo começou: em plena Oktober de Blumenau.
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Assim como em um filme de romance, a cena da primeira troca de olhares entre eles poderia ser facilmente descrita como “amor à primeira vista”. Larissa, porém, desconstrói a ideia de um sentimento repentino. Para ela, o segredo esteve na sintonia desenvolvida pelo casal à medida que aprendiam mais um do outro com o passar do tempo.
— Ninguém pensou que a gente chegaria aonde estamos hoje, em um casamento. Mas a relação sempre foi regada a muita parceria, respeito e amor — comenta.
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Depois que tiveram os caminhos cruzados naquele 14 de outubro, os dois trocaram telefones para levar o contato adiante. O pedido oficial de namoro, no entanto, só veio no ano seguinte, em maio de 2017.
Destino transforma romance de Oktoberfest Blumenau em emocionante história de amor
Com o desenrolar da história, entre os interesses em comum do casal, eles descobriram a paixão pela própria Oktoberfest. Isso porque Larissa, que hoje tem 26 anos, frequenta o evento desde criança, enquanto o companheiro Peter Felipe Batista, 32, também sempre teve a tradição presente na família. Não à toa, foi exatamente na festa mais alemã das Américas que a história deles se tornou uma só.

Atualmente, eles vivem juntos em Blumenau. Desde o noivado em 2021, os dois aguardavam ansiosos pela chegada do tão esperado “sim”, que estava marcado para 14 de outubro deste ano — mesmo dia em que se “esbarraram” pela primeira vez e, novamente, em um sábado de Oktoberfest.
— A data é para relembrar o dia em que nos conhecemos, já que na nossa vida tudo tem um significado. Por isso decidimos nos casar no mesmo dia, para lembrarmos para sempre dessas datas tão especiais e importantes — conta.
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Eles só não imaginavam que, pouco antes de oficializarem a união, o sentimento de euforia pela cerimônia dos sonhos seria substituído por uma sensação de receio e angústia.
Casamento quase cancelado por conta da enchente
Mesmo com a correria às vésperas do casamento, Larissa e Peter decidiram que não abririam mão de aproveitar o evento neste ano. Os dois estavam certos de que, três dias antes da troca de alianças, iriam desfilar na Rua XV de Novembro para viver uma espécie de “despedida de solteiro”.
Os planos, no entanto, foram interrompidos pela enchente que atingiu Blumenau no início de outubro. Por conta das fortes chuvas, os noivos não participaram da habitual folia de quartas-feiras em pleno coração da cidade e a apreensão aumentou à medida que o grande dia se aproximava.
Isso porque, a uma semana da cerimônia, o cenário não parecia propício para um casamento. Larissa e Peter chegaram, inclusive, a cogitar a possibilidade de não fazer o casamento em 14 de outubro, conforme o planejado.
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A curiosa história do casal unido pela Oktober de Blumenau que nunca mais foi à festa
As condições climáticas do dia anterior ao tão esperado “sim”, no entanto, trouxeram ao casal uma luz no fim do túnel — ainda que sem o brilho do sol — e a união dos dois pôde, finalmente, ser oficializada.
— Esperamos até o último minuto, que era na sexta-feira. Até que a gente conseguiu fazer a cerimônia. No dia do casamento choveu, mas não deixou de ser lindo e especial. Foi um dos melhores dias das nossas vidas — conta Larissa.
Hoje, a jovem confessa que o evento já tem outro significado para o casal e que se tornou parada obrigatória deles em todas as edições. Uma festa que, até mesmo neste ano, também não deixou de remeter à uma lembrança inesquecível para a história dos dois.
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— A Oktoberfest não é só festas e chope, mas um ótimo lugar para encontrar e fazer amigos, ou até ter relacionamentos amorosos, quebrando o tabu de que a Oktober é só para solteiros. Além de que, exceto no período da pandemia, não ficamos mais nem um ano sem frequentar. Já virou marca registrada do nosso relacionamento — brinca Larissa.
*Sob supervisão de Augusto Ittner
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