Resultados das análises de 41 suplementos alimentares de creatina foram divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta-feira (23). Somente um dos suplementos apresentou teor de creatina abaixo do esperado, de acordo com a agência.

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Ao todo, foram analisados 41 suplementos de 29 empresas fabricantes. O resultado foi bastante distinto do que foi divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) em uma avaliação feita no ano passado.

Na época, quase 80% dos produtos não tinha o teor de creatina adequado. A avaliação da Anvisa considera, além do teor de creatina, a adequação de rotulagem e a presença de matérias estranhas.

Segundo a Anvisa, o resultado do levantamento mostra uma regularidade em relação ao teor de creatina esperado para esses produtos, sem infrações sanitárias. Somente uma marca não atingiu os pré-requisitos e não tinha o teor de creatina previsto no regulamento.

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O nome da marca, contudo, não foi divulgado. “A única amostra com erro de teor de creatina está em processo administrativo e de apuração, o que não permite a divulgação da marca neste momento”, informou a Anvisa.

Quais são os critérios em avaliação de creatina da Anvisa

O teor de creatina não pode ter variação maior que 20% em relação ao declarado na rotulagem nutricional para passar na avaliação. Ainda, precisa atender o valor de referência para este nutriente, que é de 3.000 mg.

Todas as marcas tiveram resultado satisfatório na análise de presença de matérias estranhas nos produtos. Contudo, a Anvisa identificou as principais incorreções nas análises relacionadas a problemas de rotulagem dos produtos.

As amostras foram coletadas no segundo semestre de 2024 nas empresas fabricantes, nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo.

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Problemas na rotulagem

Foram identificadas irregularidades na rotulagem de suplementos alimentares, fator considerado essencial para a correta orientação dos consumidores.

Entre os principais problemas estão apresentação de legações não previstas, ou seja, o rótulo atribuía ao produto propriedades que não são autorizadas para a creatina, inclusive com alegações incorretas em língua estrangeira; uso e palavras ou imagens que podem induzir o consumidor a uma informação incorreta; tabela de informação nutricional fora do padrão; entre outros.

De acordo com a avaliação da Anvisa, não há risco de dano à saúde dos consumidores pelo resultado das amostras que exijam adicionais de fiscalização. Porém, as incorreções de rotulagem podem gerar notificações aos fabricantes.

*Com informações do g1

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