O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta terça-feira (16) que a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria é uma situação “atípica” e que o caso será analisado pela Mesa Diretora da Casa. O posto era ocupado pela deputada catarinense Carol de Toni (PL-SC). Com informações do g1.

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Segundo Motta, não cabe a ele aprovar ou não as escolhas de líderes, contudo Eduardo mora nos Estados Unidos, e há dúvidas na interpretação do regimento da Câmara se um deputado ausente pode liderar bloco ou bancada.

— Esta presidência não pode tomar nenhuma providência na base da especulação. Nós estamos ainda no campo das notícias. Aguardaremos a presidência ser oficiada sobre a decisão da liderança da minoria. É claro que se trata de um caso atípico. Vamos fazer uma análise, conversar com os partidos de oposição e, no momento certo, responderei à questão de ordem — declarou Motta.

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Entenda

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi nomeado pelo PL como novo líder da minoria na Câmara dos Deputados. O posto era ocupado pela deputada catarinense Carol de Toni (PL-SC), que cedeu a vaga ao colega nesta terça-feira.

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A manobra é vista como forma de tentar salvar o mandato de Eduardo Bolsonaro, que permanece nos Estados Unidos e poderia perder o cargo por faltas não justificadas. Como líder da minoria, Eduardo estaria dispensado de justificar ausências em plenário, segundo uma decisão da Mesa Diretora da Câmara de 2015, que, segundo a bancada do PL, permanece em vigor.

A catarinense Carol de Toni abriu mão da vaga de líder em documento enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ela permanecerá agora como vice-líder da minoria. Na prática, deve continuar coordenando as reuniões do grupo no plenário. As conversas com Eduardo Bolsonaro devem ocorrer por videoconferência.

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