A vistoria realizada pela Prefeitura de Joinville nas galerias instaladas onde foram executadas as obras de macrodrenagem do rio Mathias apontou falhas na estrutura da Praça da Bandeira, no Centro da cidade. A investigação por parte do município iniciou após a queda calçada durante a cerimônia de abertura do Natal na cidade, onde cerca de 30 pessoas ficaram feridas. 

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De acordo com o secretário de Insfraestrutura de Joinville, Jorge Luiz Correia de Sá, as imagens subterrâneas geradas por robôs mostraram rachaduras e fissuras na laje em que a galeria do rio é canalizada, que dá sustentação à praça. Por isso, para evitar um possível acidente semelhante ao da avenida Beira-Rio no fim de 2021, nesta quinta-feira (10), iniciam obras preventivas no local de remoção desta laje.

– Para garantir a segurança das pessoas que circulam diariamente naquele local, será necessário remover parte da laje que cobre a galeria, considerando a dimensão das rachaduras existentes – disse o prefeito Adriano Silva.

Segundo o município, apesar das atividades serem de caráter emergencial, a população não precisa se preocupar, pois não há risco iminente de acidentes no local. O que acontece é que, em situações específicas, como em dias de manifestações e reuniões, por exemplo, o local recebe um público maior que o habitual e, por isso, as obras acontecem em caráter preventivo. 

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Essas rachaduras, no entanto, segundo o secretário da Seinfra, não afetam a estrutura do Terminal Central e não prejudicarão a circulação na praça. Apenas o local em que acontecem as atividades será cercado por telas. 

Na vistoria, também foi possível verificar que a parte da galeria que passa na Rua Rio Branco, em frente ao Ginásio Abel Schulz, está com sua estrutura preservada, assim como o trecho que passa pela praça Dario Salles. Por este motivo, não será necessário realizar interferência naqueles locais.

Como serão as obras

As obras começam com a preparação do canteiro e, na sequência, será realizada a remoção dos pavers e da laje, limpeza do rio, colocação de artefatos de concreto e fixação do gradil. A previsão de conclusão é de seis meses.

A laje condenada será retirada completamente, deixando a galeria exposta, semelhante ao que foi feito na Praça Dario Salles.

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Com esta intervenção, a praça vai mudar o paisagismo e contará com “exposição” de trecho do rio.

Outras intervenções

Na vistoria, foi possível verificar que o local do acidente, na avenida Dr. Albano Schulz, é composto por três módulos de galerias. Destes, apenas um precisará ser substituído: o que fica abaixo da pista de rolamento do sentido Sul/Norte, mesma área que atualmente está interditada.

Como este trecho é parte de ação judicial, a Prefeitura aguarda a tramitação do processo para que a intervenção seja realizada. Enquanto isso, a pista permanece interditada.

– Após a substituição do módulo comprometido, será possível devolver o tráfego ao local com segurança – acrescenta o secretário da Seinfra.

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