O arcebispo metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, falou sobre o momento de luto vivido pelos católicos após a morte do papa Francisco, nesta segunda (21), aos 88 anos. A Catedral Metropolitana celebrará uma missa em homenagem ao pontífice às 18h15min desta segunda.

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Após o sepultamento do papa, cuja data ainda não foi divulgada pelo Vaticano – mas pode ocorrer de quatro a seis dias após a morte, cardeais do mundo todo se reúnem no Vaticano para o processo de escolha de um novo papa, o chamado conclave.

Dom Wilson enfatizou o caráter de fé que envolve a votação.

— Agora, os cardeais vão se reunir e começar a se preparar para escolher o próximo. É um tempo de oração. Acreditamos profundamente que o escolhido é alguém que o Espírito Santo escolheu para nós — declarou, em coletiva de imprensa na sede da Curia Metropolitana de Florianópolis, na manhã desta segunda.

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No total, 138 cardeais com poder de voto no Colégio de Cardeais, com menos de 80 anos de idade, irão participar. Sete deles são brasileiros, e três catarinenses: Dom Leonardo Ulrich Steiner, Dom João Braz de Aviz e Dom Jaime Spengler.

O arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck reforçou que a Igreja deve acolher o próximo líder com unidade:

— Não importa se pensa assim, se pensa assado, todo papa vai insistir em algum aspecto mais do que em outros. Então estamos aqui para acolher quem vier. Queremos estar em profunda comunhão com o próximo papa.

Homenagem na Catedral

Como forma de prestar tributo ao papa falecido, a Arquidiocese de Florianópolis celebrará uma missa às 18h15min na Catedral Metropolitana.

O arcebispo também convocou a população a orar:

— Somos convidados a rezar, a ter um tempo de oração pelo descanso eterno do Papa que acabou de falecer. E também rezar pela eleição do próximo pontífice.

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Legado do papa

Dom Wilson destacou a abordagem de Francisco em defesa do meio ambiente, dos migrantes e da misericórdia. Ao falar sobre o legado do papa, o arcebispo usou uma analogia musical:

— Se pegarmos uma partitura de música, os entendidos põem o olho e aquilo vira som. Mas a maioria precisa que alguém execute. O Evangelho é assim: precisa virar atitude para transformar realidades.

Segundo o arcebispo, apesar de ser conhecido por suas ações sociais, Francisco foi um homem “profundamente espiritual”:

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— Ele acreditava que quando o Evangelho se torna atitude, mudamos o que não está bom no mundo – a destruição, o egoísmo, a situação dos migrantes, o aumento da pobreza.

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