*Artigo por Jonas Tilp, empreendedor e conselheiro de holdings familiares
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Santa Catarina ocupa pouco mais de 1% de todo o território nacional. E o número de habitantes do Estado representa menos de 4% de toda a população brasileira. Mesmo com estes percentuais pequenos, ocupamos a sexta posição no ranking de geração de riquezas entre os 27 Estados brasileiros, segundo o levantamento mais recente do IBGE (2022).
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Mas qual o milagre para este pequeno território se agigantar no contexto nacional?
Não há milagre. Há trabalho, estudo, estratégia e muita criatividade do setor produtivo. Um dos nossos diferenciais é a diversidade da economia, em que cada segmento tem uma contribuição expressiva para o resultado. Outro fator é a descentralização: cada região tem relevância econômica, enquanto outros Estados se caracterizam por uma elevada concentração no entorno das capitais.
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Também segundo o IBGE, cerca de 90% das nossas empresas são formadas com base familiar. Para evitar que divergências familiares ou até disputas sucessórias ameacem a perenidade dos negócios, estas empresas têm buscado duas alternativas: ou a profissionalização da atividade executiva, retirando os familiares da operação; ou buscando o apoio de conselheiros de holdings familiares, atividade que vem conquistando cada vez mais relevância no universo organizacional catarinense.
Um dos principais papeis do conselheiro de empresa familiar é a elaboração e o acompanhamento do acordo de acionistas, garantindo a sua implementação eficaz e o cumprimento das cláusulas acordadas. O acordo de acionistas é um documento que estabelece os direitos, obrigações e responsabilidades dos acionistas, bem como as regras de governança corporativa da empresa familiar.
Este processo tem as seguintes etapas: 1) elaboração e revisão do acordo de acionistas, indicando as melhores práticas do mercado; 2) mediação e negociação, auxiliando na resolução de conflitos e na busca de consensos; 3) implementação e monitoramento, garantindo que todas as partes envolvidas compreendam e cumpram as cláusulas estabelecidas; 4) resolução de disputas, atuando como mediador neutro caso surjam disputas ou divergências entre os acionistas relacionadas ao acordo; e 5) atualização e adaptação, incluindo, excluindo ou modificando cláusulas de acordo com desafios e oportunidades do contexto da empresa, do setor ou da macroeconomia.
Outro importante papel que o conselheiro de empresa familiar desempenha é relacionado à tomada de decisões de investimento no setor imobiliário corporativo, fornecendo orientação estratégica e análise objetiva do real estate corporativo – que envolve aquisição, desenvolvimento e gestão de terrenos, apartamentos, casas e fazendas, entre imóveis com potencial de desenvolvimento e de geração de renda.
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O conselheiro ajuda a empresa familiar a definir uma estratégia clara de investimento no real estate corporativo, realiza análise aprofundada dos ativos imobiliários potenciais, avalia o impacto financeiro dos investimentos imobiliários no negócio familiar como um todo, auxilia na negociação e na estruturação dos investimentos imobiliários e desempenha um papel contínuo de monitoramento e avaliação dos investimentos imobiliários.
Com base nos números mencionados no começo deste artigo, podemos concluir que o papel da empresa familiar é fundamental para a economia. E o conselheiro da holding familiar é uma peça fundamental nesta engrenagem que vai garantir a perenidade da renda para as gerações seguintes e também a continuidade da geração de empregos, contribuindo para o giro contínuo do ciclo virtual da economia.
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